quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

PEGUNTA AO MINISTRO CEZAR PELUSO

CARREIRA ALVIM FOI PRESO E ESTÁ SENDO PROCESSADO PELO STF, PORQUE O MINISTRO CEZAR PELUSO ACEITOU UMA DENÚNCIA CONTRA ELE, PORQUE, NUMA CONVERSA INTERCEPTADA PELA POLÍCIA FEDERAL (QUE NEM SE SABE SE É AUTÊNTICA OU MONTADA), ALGUÉM NUM GRUPO DISSE AO FUNDO QUE UM MILHÃO ERA PARA CARREIRA ALVIM.
NENHUM DINHEIRO (MUITO MENOS UM MILHÃO) FOI ENCONTRADO NAS CONTAS DE CARREIRA ALVIM, NEM DE SUA FAMÍLIA, EMBORA TENHAM SIDO BLOQUEADAS SUAS CONTAS COM SUAS ECONOMIAS DECORRENTES DE SUA REMUNERAÇÃO.
POR QUE CEZAR PELUSO, SEGUNDO NOTÍCIA AMPLAMENTE DIVULGADA NA MÍDIA E NA INTERNET, CONFORME APURAÇÃO EM INSPEÇÃO REALIZADA NO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE S. PAULO, RECEBEU A QUANTIA DE SETECENTOS MIL REAIS DESSE TRIBUNAL, E O MÁXIMO QUE ACONTECEU FOI ESSAS INSPEÇÕES SEREM SUSPENSAS POR OUTRO MINISTRO DO STF (RICARDO LEVANDOWSKI)?

PERGUNTA AO MINISTRO GILSON DIPP.

CARREIRA ALVIM FOI PUNIDO PELO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, SOB A SUPOSIÇÃO DO MINISTRO GILSON DIPP, ACEITA PELOS DEMAIS CONSELHEIROS, DE HAVER ALMOÇADO COM UM ADVOGADO E SEU GENRO, E AO QUAL COMPARECERAM PESSOAS TIDAS COMO "SUSPEITAS", QUE CARREIRA ALVIM NEM SABIA QUEM ERAM E NEM QUE SERIAM CONVIDADOS, ISSO SETE MESES DEPOIS DE SUAS DECISÕES SOBRE CAÇA-NÍQUEIS TEREM SIDO CASSADAS.
ESSE MESMO MINISTRO GILSON DIPP, ENTÃO CORREGEDOR DO CNJ, QUE RELATOU O PROCESSO CONTRA CARREIRA ALVIM, SEM OUVIR ESSAS PESSOAS,  ACEITOU CONVITE DE CARREIRA ALVIM PARA IR A BUENOS AIRES, PALESTRAR SOBRE "OS DESAFIOS DA CORRUPÇÃO", SABENDO QUE ELE ESTAVA SENDO INVESTIGADO PELO CNJ, LÁ PERMANECENDO CINCO DIAS, FATO ESSE DENUNCIADO NO LIVRO "OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO".
ESSE MINISTRO DISSE QUE "O CIDADÃO PRESUME-SE INOCENTE ATÉ QUE SE PROVE A SUA CULPA, MAS O JUIZ PRESUME-SE CULPADO ATÉ QUE ELE PROVE A SUA INOCÊNCIA".
POR QUE O MINISTRO GILSON DIPP NÃO FOI CHAMADO PARA ESCLARECER TODOS ESSES FATOS, NEM RESPONDEU PERANTE O CNJ PELA ÉTICA QUE ELE MESMO APREGOA?

domingo, 25 de dezembro de 2011

O DESEMBARGADOR ANDRÉ FONTES ERA UMA PRESENÇA CONSTANTE NO MEU GABINETE E NAS FESTAS NA MINHA CASA.

"Como se diz lá em Minas, “cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”, pelo que, sempre que me encontrava com o ainda desembargador federal Benedito Gonçalves, atualmente ministro do Superior Tribunal de Justiça, e o desembargador André Fontes, perguntava-lhes como iam as coisas, e eles me respondiam que “estava tudo bem”. Aliás, o então desembargador Benedito Gonçalves, hoje ministro, sempre que me encontrava no elevador, me cumprimentava como “Meu futuro presidente”, enquanto o desembargador André Fontes era uma presença constante no meu gabinete e nas festas na minha casa. No entanto, ambos viriam a compor a chapa alternativa que chegou à presidência da Corte na tumultuada eleição, em que foram preteridos todos os candidatos naturais, que eram os mais antigos no tribunal.
A decisão que proferi no caso conhecido como “American Virginia”, concedendo uma liminar para que uma fábrica de cigarros não fosse fechada por conta de dívida com o fisco, no que apliquei a jurisprudência dominante no Supremo Tribunal Federal – que não permitia a interdição de estabelecimento como meio coercitivo para a cobrança de tributo –, azedou as minhas relações com alguns desembargadores por um motivo que não deveria habitar a alma de um juiz, mas que infelizmente habita, que é a vaidade humana."

(Trecho do livro OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO, encontrável em www.bondfaro.com.br).

CERTA FEITA, DISSE ISSO A UM MINISTRO DE TRIBUNAL SUPERIOR (...)

"Neste Brasil de contrastes, se o correntista tiver um cheque devolvido, havendo provisão de fundos, ou o missivista de uma carta a tiver devolvida pelos correios, estando correto o endereço, têm ambos o direito de haver uma reparação pelo dano causado; mas se alguém for denunciado pela prática de um crime e for absolvido, não se lhe tem reconhecido o direito a uma reparação; o que, diga-se de passagem, é um incontestável absurdo; porque a prisão injusta prejudica muito mais do que a simples devolução de um cheque ou de uma carta.
Certa feita, disse isso a um ministro de tribunal superior, e ele me disse que se as coisas fossem como eu pensava, ninguém seria denunciado, porque poderia vir a ser absolvido; ao que lhe respondi que, se as coisas fossem como eu penso, os membros do Ministério Público e os juízes, inclusive os dos tribunais superiores, seriam mais responsáveis em oferecer denúncias e autorizar grampos contra as pessoas inocentes, fundados apenas em suposições. E esse ministro engoliu em seco.
Não tenho dúvida de que o desembargador Ricardo Regueira foi a primeira vítima do maldito furacão, porque, a partir daí, ele perdeu toda a vontade de viver, apesar da minha advertência de que não podia morrer prematuramente, para dar esse prazer aos seus algozes."

(Trecho do livro OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO, encontrável em www.bondfaro.com.br).

CERTA VEZ VI UM FILME CHAMADO "FÁBRICA DE ANIMAIS" ...

"Uma interpretação literal dessa lista deixava de fora dois dos mais importantes produtos de higiene, que são o sabonete e o dentifrício.
Nesse particular, o bom senso acabou prevalecendo sobre a relação, e todos os custodiados receberam o sabonete e o dentifrício, embora não constassem da lista oficial.
Certa vez, vi um filme policial chamado “Fábrica de Animais”, em que o pai de um preso, ainda jovem, levou para ele uma foto sua ainda criança ao lado da mãe, para que a tivesse consigo e matar as saudades; mas o policial não deixou a foto entrar porque o regulamento carcerário não permitia a entrada de fotos. Pode até parecer piada, mas não é.
Os alimentos e artigos de higiene permitidos pelos policiais federais só poderiam entrar no dia de visita de familiares, geralmente às quartas-feiras, pelo que os que tinham a assistência de advogado conseguiam obtê-los fora da data de visita; mas os que não tinham viam-se na contingência de valer-se de um empréstimo temporário de outro preso para atender às suas necessidades. Na verdade, muitas vezes não havia empréstimo, mas doação, porque ninguém iria emprestar um sabonete para ser usado e devolvido."

(Trecho do livro OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO, encontrável em www.bondfaro.com.br). 

OUVIR O MINISTRO CEZAR PELUSO FAZER UM PAPELÃO ATRÁS DO OUTRO DIMINUI A MINHA CRENÇA NA JUSTIÇA.

 "Depois de ler o seu livro, fiquei muito preocupado com a condução das operações e processos na justiça. Uma série de erros, burocracia protelatória, criação de "provas", descumprimento das prerrogativas e outras tantas formas de desrespeito a cidadão e a sociedade.
Ouvir o ministro Cesar Peluso fazer um papelão atrás do outro diminui a minha crença na justiça. Vou compartilhar com meus colegas de turma."
(Mensagem recebida de Renato Melo, pelo Facebook).

ESPERO EM BREVE VER ESTE LIVRO NAS TELAS DO CINEMA.

"Mestre, algo que me ocorreu em 2011, foi sua amizade e sua atenção. Um Feliz Natal e um 2012 para o senhor e sua família! Que 2012 possamos avançar a mudança neste País como o senhor mesmo disse: "Nem que seja a fórceps". Seu livro nos dá a dimensão do que ocorre nos bastidores de um poder que esta contaminado pela imoralidade. Espero em breve ver este livro nas telas do cinema brasileiro!"
(Mensagem postada por Gisa Moura, no Facebook).

NOTA - As articulações estão sendo feitas neste sentido. Se vingar, o difícil será encontrar ator para fazer alguns dos personagens.

DEPOIMENTO DE CARREIRA ALVIM AO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, E QUE ESTE CONSELHO NÃO LEU.

DESEMBARGADOR FEDERAL ABEL GOMES (RELATOR): Mas é porque, segundo os autos, o José Renato Granado esteve justamente naquele encontro, no Restaurante Fratelli, com Vossa Excelência, com Jaime Garcia e com o Silvério Júnior.
DESEMBARGADOR FEDEERAL JOSÉ EDUARDO CARREIRA ALVIM (REQUERIDO): Vamos desfazer este equívoco.
Uma vez - eu não lembro as datas -- eu, depois, tomei conhecimento aqui na denúncia ou nos registros da Polícia Federal. Se eu não estou enganado, pelo que eu li ontem. Porque eu estou, mais ou menos, com isso tudo na cabeça, porque, ontem, eu fiquei até as três horas da manhã lendo isso apra chegar aqui e poder informar. O meu objetivo é esclarecer.
Tenho certeza absoluta -- como se diz: "A verdade é como água: ou é límpida, ou não é água". A verdade fica no fundo. Ainda que o Ministério Público queira demonstrar que isso é verdade, que a Polícia Federal tenha querido provar que aquilo que ela fez é verdadeiro, não adiante, porque a verdade é soberana. Se, no final, tudo isso aqui aparecer como verdade, vou me aposentar, porque, na minha consciência a justiça apodreceu. A certeza tão grande que tenho é essa, de que essas coisas vão se esclarecer.
Doutor Abel, acho até que essa hipótese, esse caso do restaurante está vinculado com o problema da Betec. Vou falar do restaurante porque é a pergunta que Vossa Excelência me colocou, mas essa decisão da Betec, que foi o suposto estopim dessa fantasia toda, foi dada no mês de junho de 2006. Esse encontro no restaurante e tudo foi em janeiro de 2007. Quer dizer, qual era o interesse? Todo mundo que tinha que pedir. Olha: junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro e janeiro. Por isso que digo que o ANTÔNIO FERNANDO não leu isso. 
(Continua na próxima semana)

NOTA - Na verdade, as coisas não se esclareceram, porque o Conselho Nacional de Justiça embarcou no relatório do ministro Gilson Gipp --, que inclusive havia estado comigo em Buenos Aires, num congresso que ajudei a organizar, em parceria com entidades ligadas à ONU --, e concluiu, ABSURDMENTE, que eu não poderia ter comparecido a esse jantar; embora eu sequer soubesse que algumas dessas pessoas estariam lá. Mas, ele Dipp, esteve comigo, e jantou comigo, já investigado por Cezar Peluso, num restaurante de Buenos Aires, que também se fez presente nesse mesmo jantar.
Você leitor, vá registrando na sua memória, o que é a ética nos tribunais superiores do Brasil, especialmente no STJ e no STF. 

MAGISTRADO É VÍTIMA DE LENTIDÃO DA JUSTIÇA (última parte)

 Ex-desembargador afastado do TRF-2 espera ha quatro anos uma decisão do STF.

Décio Viotto (jornalista)
O CALVÁRIO - O presidente do CNJ e ex-relator do processo no STF, Cezar Peluso, não estava presente nessa sessão. Mas não recusou o convite para uma viagem a Buenos Aires para participar de um debate sobre corrupção ao lado de Carreira Alvim, ciente dos grampos telefônicos, que ele próprio, Peluso, havia autorizado. O ministro Dipp também participou do evento, a convite de Carreira Alvim: "Chegamos a jantar juntos, conta Alvim. Eassim passaram cinco dias debatendo os desafios da corrupção.
Na opinião de Alvim, nesse jogo em que ele não consegue reverter o placar, há três personagens que forma seu calvário. O delegado federal Ézio Vicente da Silva, o ex-procurador-geral Antônio Fernando de Souza, hoje aposentado, e o ministro Cezar Peluso. "Um armou, o outro tutelou e o terceiro encampou. 
O ministro Peluso, por meio de sua assessoria, respondeu que "não comentaria o assunto, porque a questão pode votar a ser analisada pelo STF.
O pedido não era para "comentar o livro ou o processo", que agora tem como relator o ministro Gilmar Mendes. Era para saber se tomaria alguma providência diante das graves acusações existentes no livro. Preferiu se calar". 

(Reportagem publicada no Diário do Comércio de S. Paulo, nos dias 5, 6 e 7 de novembro de 2011, no primeiro caderno, página 6).

NA PRÓXIMA SEMANA - "Gravação não é prova". É o que defende Ricardo Molina: "Serviu para expor o cara de maneira brutal", diz ele.

CARREIRA ALVIM NA BAND-AM- RIO, FALANDO SOBRE O QUE MAIS ENTENDE, QUE É A JUSTIÇA BRASILEIRA.

No próximo dia 30 (sexta-feira), às 20h, CARREIRA ALVIM estará na BAND-AM-RIO, 1.360 khz, participando do programa CSB-NOTÍCIAS, sobre um dos assuntos mais polêmicos dos últimos tempos, que é o "Tribunal do Júri".
Você já ouviu falar do famoso "Caso dos Irmãos Naves" que manchou, indelevelmente, a Justiça brasileira, sendo citado por todos os livros de Direito Penal do mundo, como o mais famoso "erro judiciário" de todos os tempos?
E você sabia que a decisão condenatória foi proferida pelo egrégio Tribunal de Justiça de Minas Gerais?
Outros casos julgados pelo Tribunal do Júri serão objeto de debate no programa CBS-NOTÍCIAS.
Não percam!

NOTA - A BAND-AM-RIO pode ser sintonizada também pela internet www.sempreaovivo.radio.br 

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA PODE MUITO, MAS NÃO PODE TUDO, DIZ O MINISTRO MARCO AURÉLIO DO STF

Depois de mais de quatro meses com o voto pronto, o ministro Marco Aurélio decidiu não esperar mais o pleno do Supremo Tribunal Federal se pronunciar sobre a competência do Conselho Nacional de Justiça. Em liminar na Ação Direta de Inconstitucionalidade 4.638, nesta segunda-feira (19/12), o ministro decidiu que a competência do CNJ é subsidiária à atuação dos tribunais locais no julgamento de processos administrativos e disciplinares.
Isso quer dizer que o Conselho Nacional de Justiça não pode ser o órgão originário de todas as questões relacionadas à atuação de juízes. Ele pode, sim, atuar como fiscalizador de sua atuação, e inclusive avocar para si processos disciplinares, “mas não pode atropelar o autogoverno dos tribunais”.

(Trecho da notícia publicada nesta segunda-feira, 19-12-11, no CONJUR).

10ª RESPOSTA A REDE UH NEWS DE CG MS

MINISTRO CEZAR PELUSO DO STF CRITICA SUA PRÓPRIA FILHA JUÍZA SEM SABER QUE ERA ELA.

     "Sem saber, o então vice-presidente e hoje presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, criticou duramente a própria filha, a juíza Glaís de Toledo Piza Peluso, durante o julgamento ocorrido na quinta-feira (dia 7) em que o plenário do STF proibiu o uso indiscriminado de algemas.
     Na ocasião, o Supremo anulou por unanimidade um júri presidido por Glaís em Laranjal Paulista em 2005, no qual o pedreiro Antonio Sérgio da Silva foi condenado a 13 anos e meio por homicídio. Segundo os ministros, incluindo Peluso, a juíza errou ao determinar que Silva permanecesse algemado durante o júri.
     De acordo com eles, a decisão da juíza prejudicou a imagem do réu perante o júri, que é formado por leigos. Ao aparecer algemado, ele pode ter passado a idéia de que era uma "fera", segundo o STF.
    Durante o julgamento no STF, ninguém se deu conta de que a juíza sobre a qual todos falavam e criticavam era filha de Peluso. Nem o próprio vice-presidente e hoje presidente do tribunal. Se tivesse notado, provavelmente ele teria se dado por impedido de  participar do julgamento. Mas ele não só participou como também criticou."

CARREIRA ALVIM NA BAND-AM- RIO, FALANDO SOBRE O QUE MAIS ENTENDE, QUE É A JUSTIÇA BRASILEIRA.

No próximo dia 30 (sexta-feira), às 20h, CARREIRA ALVIM estará na BAND-AM-RIO, 1.360 khz, participando do programa CSB-NOTÍCIAS, sobre um dos assuntos mais polêmicos dos últimos tempos, que é o "Tribunal do Júri".
Você já ouviu falar do famoso "Caso dos Irmãos Naves" que manchou, indelevelmente, a Justiça brasileira, sendo citado por todos os livros de Direito Penal do mundo, como o mais famoso "erro judiciário" de todos os tempos?
E você sabia que a decisão condenatória foi proferida pelo egrégio Tribunal de Justiça de Minas Gerais?

NOTA - A BAND-AM-RIO pode ser sintonizada também pela internet www.sempreaovivo.radio.br 

domingo, 18 de dezembro de 2011

A JUSTIÇA TAMBÉM EMPURRA COM A BARRIGA.

     "O que aconteceu nesse caso específico foi que o desembargador Sergio Feltrin, temendo que a sua decisão isolada viesse a ser reformada pelo órgão colegiado do Tribunal, procrastinou o quanto pode o recurso interposto contra esta sua decisão, embora o regimento interno da Corte mandasse que ele levasse imediatamente o recurso a julgamento pelo órgão colegiado.
      Se isso tivesse ocorrido, eu teria sido poupado de ter que decidir a confusão provocada pelo desembargador, porque o órgão colegiado do Tribunal teria decidido, e fosse qual fosse a sua decisão, as empresas iriam diretamente ao Superior Tribunal de Justiça buscar o amparo que acabaram, pelas regras dos recursos, tendo que pedir a mim.
     O que me foi pedido e comprovado pelos interessados foi que todas as vezes em que requeriam ao desembargador Sergio Feltrin uma providência para que o seu processo fosse levado a julgamento pelo órgão colegiado do Tribunal, ele mandava os autos para manifestação do Ministério Público Federal, tendo lá estado pelo menos umas três vezes, com o deliberado propósito de dizer que não decidia porque os autos estavam com o Ministério Público.
     Como o Ministério Público Federal era parte na ação de cautela ajuizada em Niterói, na qual tinha o juiz determinado a apreensão das máquinas de bingo, não tinha ele o menor interesse em que esse processo fosse julgado, temendo que a decisão do desembargador Sergio Feltrin, que vinha obstaculizando o seguimento do seu recurso, viesse a ser reformada pelo órgão colegiado. Aliás, conhecendo hoje como conheço o pensamento do Tribunal, acho que esse temor não tinha sentido, porque o órgão colegiado teria confirmado a decisão, como realmente a confirmou; mas por outro lado teria rendido ensejo a que os interessados batessem na porta do Superior Tribunal de Justiça, que poderia concedê-la, por conta de um entendimento diverso.
A Justiça não deveria funcionar assim, mas infelizmente é assim que ela funciona, e todos os que já tiveram uma questão a ser julgada sabem disso."



(Trecho do livro OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO (Geração Editorial), encontrável em www.bondfaro.com.br).

A DECISÃO DO JUIZ DE NITERÓI NÃO MANDAVA FECHAR OS BINGOS, MAS APENAS APREENDER MÁQUINAS CAÇA-NÍQUEIS PARA SEREM PERICIADAS.

O caso Betec originou-se de um pedido feito pela empresa Betec e outras para mandar que a Polícia Federal lhes restituísse as máquinas eletrônicas programadas de sua propriedade, vulgarmente conhecidas como caça-níqueis, que tinham sido apreendidas nas casas de bingo, e que estavam funcionando com a autorização expressa do Tribunal, por decisões de diversos dos seus desembargadores, que não eu e nem o desembargador Ricardo Regueira.
É um mistério para mim o fato de essas empresas terem funcionado regularmente no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, com a autorização do Tribunal Federal e, de repente, a Polícia Federal passar a fazer uma verdadeira caça às bruxas contra essas atividades, atropelando as decisões judiciais que as sustentavam.
O pedido original fora formulado ao juiz federal de Niterói que, numa ação cautelar ajuizada pelo Ministério Público Federal, havia mandado fazer a busca e apreensão de todas as máquinas eletrônicas de propriedade das impetrantes, bem como a eventual documentação relativa às mesmas, valores em dinheiro decorrente da sua exploração e outros objetos que pudessem interessar à investigação de crime de contrabando, com a finalidade de proceder à perícia de componentes e seus acessórios para constatar se teriam sido realmente contrabandeados.
Essa decisão do juiz de Niterói não mandava fechar os bingos, mas apenas apreender máquinas caça-níqueis para serem periciadas, e foi contra essa decisão que os donos de bingo pediram um mandado de segurança ao Tribunal, que foi negado por um desembargador isoladamente sem levá-lo ao julgamento do órgão colegiado, como se ele próprio fosse o Tribunal.

(Trecho do livro OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO (Geração Editorial), encontrável em www.bondfaro.com.br)

FUI PRESO, MELHOR DIRIA, SEQUESTRADO.

"Fui, em pessoa,  um exemplo desses, só que a contrario sensu, pois eu é que sou brasileiro nato ! Fui preso, melhor se diria: sequestrado, ao parecer de Celso Antônio Bandeira de Mello, mas que eu completaria, dizendo: "abduzido" em minha casa, de madrugada, quando dormia, em meu quarto, com minha mulher, a partir de quando fui torturado até o ocaso do infeliz dia, cessando quando fui preso -- no BOBE, em  Brasília (local onde não esperavam, mas que fui bem tratado, graças a Deus, chegando a trabalhar, no meu agravo regimental do qual fui vencedor, no Gabinete do Comandante, com expresso e prazeroso convite seu, sempre que S. Sª. havia de se ausentar) --,  por integrantes de um "Disco voador", melhor (na realidade) por bandidos usando coletes da polícia federal, por ordem ilegal, de um "sujeito manifestamente incompetente" (Celso Antônio), um tirano (como Calígula), vingativo, forasteiro , correicionalmente, mas  que enchia os bolsos de POUPUDAS diárias, meses e meses corridos, mesmo proibido de fazê-lo, pela Eg. Corte Especial  do TRF-1. Tratava-se de  um extraterreno disciplinar, em funções administrativas, que usurpava função jurisdicional da Corte Especial de um Respeitável Tribunal!"

NOTA - Mensagem de um magistrado que "comeu o pão que o diabo amassou com o rabo".

UMA DESCULPA ESFARRAPADA PARA EXPLICAR OS ERROS DA JUSTIÇA.

No programa FANTÁSTICO, do dia 4 de dezembro passado, o ministro CEZAR PELUSO declarou que casos de erros de identificação de condenados, manando para a prisão quem não praticou crimes, são raros e decorrem de um equívoco coletivo, pois falha a política, falha o Ministério Público, falha o Poder Judiciário e falha até a própria defesa, que não consegue fazer prova do erro de identificação. 
Mas, será que é da defesa o direito de provar que o acusado é inocente, ou é dever do Ministério Público provar que ele é culpado?
 Os fatos noticiados pelo FANTÁSTICO demonstram que a Justiça condena sem provas,  sem saber a quem está condenando e também por que está condenando.

NOTA - A explicação do ministro presidente do STF é, no mínimo, uma explicação esfarrapada, para encombrir os erros judiciários, que metem inocentes na prisão por décadas. 
Na verdade, falha a polícia, que investiga mal, falha o Ministério Público, que não prova, e falha a justiça que não sabe fazer uma avaliação dos fatos e das provas. 

O ESTIGMA DE PILATOS, QUANDO "OS JUÍZES LAVAM AS MÃOS".

"Mestre Jose Eduardo Carreira Alvim. 
Na verdade o Judiciário, por meio de alguns de seus membros, se especializaram no que o jurista Adriano Sérgio Nunes Bretas chama de "Estigma de Pilatos", ou seja, simplesmente lavam às mãos. Saúdo-o pela lucidez da análise, e o senhor, pela sua transparente história de vida e de labor, sabe o quanto é doloroso - talvez tanto quanto um erro médico, ser vítima do monstro hobbeano ao qual chamamos Estado - de forma especial o Estado-Juiz e seu poder persecutório. Com minhas homenagens..."

NOTA - Mensagem recebida de Paulo César dos Santos, pelo Facebook.

OUVIR O MINISTRO CEZAR PELUSO FAZER UM PEPELÃO ATRÁS DO OUTRO, DIMINUI MINHA CRENÇA NA JUSTIÇA.

"Depois de ler o seu livro, fiquei muito preocupado com a condução das operações e processos na justiça. Uma série de erros, burocracia protelatória, criação de "provas", descumprimento das prerrogativas e outras tantas formas de desrespeito a cidadão e a sociedade.
Ouvir o ministro Cezar Peluso fazer um papelão atrás do outro diminui a minha crença na justiça. 

Vou compartilhar com meus colegas de turma." 

NOTA - Mensagem recebida de Renato Melo pelo Facebook. 

A JUSTIÇA TEME A MÍDIA, MAS A MÍDIA TAMBÉM TEME A JUSTIÇA

 Na guerra entre o Poder Midiático e o Poder Judiciário, este tem medo daquele, mas aquele também tem medo deste. Assim é que, num editorial publicado por O GLOBO, de 13/12/11, de autoria de Marco Antônio Villa, sob o título "Triste Judiciário", noticiou vencimentos astronômicos de alguns ministros do Superior Tribunal de Justiça, mas não teve coragem de divulgar seus nomes, falando apenas que "um" recebeu tanto, "outros dois" receberam o tripo. Se, realmente, esses ministros, receberam o que O GLOBO diz que receberam, porque não divulgou seus nomes, para que toda a sociedade saiba quem são?

CONFIRA O TRECHO DO EDITORIAL:

"Mas o que chama principalmente a atenção, além dos salários, são os ganhos eventuais, denominação que o tribunal dá para o abono, indenização e antecipação das férias, a antecipação e a gratificação natalinas, pagamentos retroativos e serviço extraordinário e substituição. Ganhos rendosos. Em março deste ano um ministro recebeu, neste item, 169 mil reais. Infelizmente há outros dois que receberam quase que o triplo: um, R$404 mil; e outro, R$435 mil. Este último, somando o salário e as vantagens pessoais, auferiu quase meio milhão de reais em apenas um mês! Os outros dois foram “menos aquinhoados”, um ficou com R$197 mil e o segundo, com 432 mil. A situação foi muito mais grave em setembro. Neste mês, seis ministros receberam salários astronômicos: variando de R$190 mil a R$228 mil."

domingo, 11 de dezembro de 2011

CARREIRA ALVIM NA BAND-AM- RIO, FALANDO SOBRE O QUE MAIS ENTENDE, QUE É A JUSTIÇA BRASILEIRA.

No próximo dia 30 (sexta-feira), às 20h, CARREIRA ALVIM estará na BAND-AM-RIO, 1.360 khz, participando do programa CSB-NOTÍCIAS, sobre um dos assuntos mais polêmicos dos últimos tempos, que é o "Tribunal do Júri".
Você já ouviu falar do famoso "Caso dos Irmãos Naves" que manchou, indelevelmente, a Justiça brasileira, sendo citado por todos os livros de Direito Penal do mundo, como o mais famoso "erro judiciário" de todos os tempos?
E você sabia que a decisão condenatória foi proferida pelo egrégio Tribunal de Justiça de Minas Gerais?

NOTA - A BAND-AM-RIO pode ser sintonizada também pela internet www.sempreaovivo.radio.br 

A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR

Por que o ministro Gilson Dipp, conselheiro do Conselho Nacional de Justiça, e relator do processo de CARREIRA ALVIM, não convocou para depor, perante aquele Conselho, as pessoas que a Polícia Federal constatou terem participado do almoço no restaurante Fratelli, no Rio de Janeiro, sete meses depois que as decisões sobre caça-níqueis foram cassadas, para se inteirar melhor dos motivos que as levou lá e quem as convidou?

NOTA - Com a certeza, a verdade não se prestaria para aposentar Carreira Alvim, porque ela já estava armada para se assentar nas mesmas suposições que alimentaram o apetite da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, sob a batuta do ministro Cezar Peluso do Supremo Tribunal Federal.

SE OS FATOS SE PASSARAM ASSIM, ENTÃO A DENÚNCIA ERROU O FOCO

"A denúncia afirma, logo de início, no “contexto da exploração do jogo ilegal”, que, com a publicação da lei que proibiu os jogos de bingos no país, o Ministério Público Federal passou a ingressar com ações para interdição dos bingos e máquinas de caça-níqueis, mas que mesmo assim as empresas continuaram em franca atividade, contando com a proteção de agentes públicos, principalmente policiais, e outras vezes através de manobras jurídicas e intermediação de magistrados, com a obtenção de liminares judiciais garantidoras da exploração dos jogos de azar. É neste cenário que, segundo a denúncia, se apresenta a organização criminosa, composta pelos denunciados – dentre os quais eu e o desembargador Ricardo Regueira – cujo poder de infiltração nos órgãos públicos de todas as esferas de poder acaba por permitir a exploração do jogo, cujo produto, revelado inclusive nas milionárias quantias que foram arrecadadas nas buscas e apreensões feitas por ordem do ministro relator [Cezar Peluso do Supremo Tribunal Federal], permitindo a ostensiva riqueza dos seus principais integrantes e a distribuição de forma estável de vantagens econômicas a servidores públicos em valores variáveis de acordo com o seu nível de influência ou de acordo com o próprio ato de ofício ao encargo do agente cooptado.
Se os fatos se passaram assim, então a denúncia errou o foco, porque nem eu e nem o desembargador Ricardo Regueira demos liminar para o funcionamento de jogos de bingo, tendo eu proferido apenas três decisões em favor das empresas que pediram, e, mesmo assim, para que fosse apreendida somente uma máquina caça-níquel, de cada tipo, de conformidade com entendimento adotado, anteriormente, pelo próprio Tribunal Regional Federal; mesmo porque muitas casas de jogo funcionavam com autorização do próprio Tribunal, através de decisões de alguns de seus desembargadores, e outras até sem o amparo de decisão judicial, mas mediante simples alvará de localização concedido pelos municípios.
                 A propósito, fiz um apanhado das decisões dos desembargadores que atuaram nos processos sobre o funcionamento de bingos no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, pelo que remeto o leitor ao trecho “Decisões sobre o funcionamento de bingos no Tribunal” no capítulo 2 deste livro, onde esclareço quem foram aqueles que deram decisões para os bingos funcionarem, e que o chefe do Ministério Público não viu porque não quis, porque está lá no site do Tribunal Regional Federal da 2ª Região" 

           NOTA - Trecho do livro OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO, encontrável em www.bondfaro.com.br

QUEM FOI CALUNIADO COMO QUADRILHEIRO FOI CARREIRA ALVIM, MAS VEJA QUEM DEU DECISÃO PARA BINGO FUNCIONAR NO RIO.

"A denúncia fala também em Bingo Piratininga, mas quem concedeu decisão liminar para esse bingo funcionar não fui eu, mas o desembargador André Fontes, embora posteriormente tenha o órgão colegiado do Tribunal tornado insubsistente suas decisões; pelo que para não ser repetitivo remeto o leitor ao capítulo 2 no trecho “Decisões sobre o funcionamento de bingos no Tribunal”."


NOTA - Trecho do livro OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO, encontrável em www.bondfaro.com.br

TERRORISMO NA CARCERAGEM DA POLÍCIA FEDERAL EM BRASÍLIA


"Logo que chegamos à carceragem da Polícia Federal em Brasília, e pelo modo como fomos tratados, percebemos que quanto menos reclamações fizéssemos, melhor, porque uma coisa é a lei em tese, e outra a lei em concreto; e naquelas circunstâncias, estávamos em face de leis, cuja única exegese possível era a que se afinava com o entendimento dos tira-hermeneutas, capaz de neutralizar até mesmo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
Por isso, quando da minha transferência para Brasília, senti todas as minhas prerrogativas de magistrado virar pó, pois, embora a Lei dispusesse num sentido, a “tiro-hermenêutica” orientava-se no sentido contrário; e de forma tão contundente que nem o Supremo Tribunal Federal foi capaz de evitar os excessos que a mídia mostrava diuturnamente.
A tiro-hermenêutica é a conclusão que o policial federal tira das gravações, segundo as suas próprias suposições, sendo a expressão “ao que parece” a mais citada no relatório da Polícia Federal.
Por isso, embora o juiz não devesse ser algemado, as algemas eram uma questão “operacional”; embora a lei não permitisse exame corporal constrangedor, fui despido por questão “operacional”; embora a lei não permitisse revistas degradantes, fui revistado como qualquer marginal, por questão “operacional” e assim por diante."

 

(Trecho do livro OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO", encontrável em www.bondfaro.com.br)

MENSAGEM DE UM MAGISTRADO SOBRE O E.T. DE VARGINHA.

 
                       " Sem dúvidas, o extraterrestre seria, senão execrado, no mínimo, esquecido, após naturalmente trancafiado em uma penitenciária (daquelas em que os direitos fundamentais da pessoa humana são esquecidos, mesmo sem processo, muito menos Justiça já não mais fiscalizam (procuradores da república, maiormente não fazem) - quanta crueldade; a fortiori, em  se não tendo certeza de sua natureza humana, i.e, se seria gente,  nascida de mulher, ou não! O Parquet não hesitaria em dizer que não!), certamente a padecer no lugar de tantos homonímios seus, também extraterrenos, sempre vistos, já que a surrealidade campeia. Tudo em prol da legalidade, que, como é  cediço, se de um lado, instrumentaliza a IGUALDADE, sendo uma GARANTIA DA HUMANIDADE, por outro lado, se aplicada formalmente, como tem sido, sempre está a entremostrar como se "afoga" a legitimidade e se comete as maiores ignomínias, razão pela qual, talvez, tal crueldade não fosse, nem, de se estranhar, quando se flerta com a retrocesso,  cum permissa !

E MUITO ME INSPIRA NESSA LUTA CONTRA UNS POUCOS QUE FAZEM DA NOSSA JUSTIÇA UMA VERGONHA.

"Sou aluna do 5º período do curso de Direito e como sonhadora, digo, até utópica, minha maior meta é colocar um pouco de justiça justa nesse sistema corrompido que é o "nosso" judiciário. Tenho visto seu blog e as publicções, atualmente estou estudando o livro Teoria Geral do Processo ed.2010 do Sr. E muito me inspira nessa luta contra uns poucos que fazem de nossa justiça uma vergonha... minha turma é toda voltada para esse ideal. Acreditamos fortemente em uma melhora. É isso que me dar esperança e força para horas e horas de estudo, e quando vejo "Os Guardiões da Constituição" se prestarem a atitudes dessa natureza tenho a certeza mais ainda de que o problema é grande e clama soluções urgentes... precisamos de operadores do Direito, de gente sábia e humana, que busque o bem! Justiça justa, Justiça concreta, material ! Precisamos de gente que extraia do Direito sua essência, o Direito é pra servir ao bem comum não mascarar a realidade e montar uma fantasia de conforto social. Que entremos no sistema e não deixemos que entre em nós, é o começo."

NOTA - Mensagem postada por Arminda Paz no Facebook.

DEPOIMENTO DE CARREIRA ALVIM AO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, E QUE ESTE CONSELHO NÃO LEU.

"DESEMBARGADOR FEDERAL ABEL GOMES (RELATOR): Ele teria sido uma das pessoas?
DESEMBARBADOR FEDERAL JOSÉ EDUARDO CARREIRA ALVIM (REQUERIDO): Aliás, sabe onde fiquei conhecendo essas pessoas? Lá na carceragem da Polícia Federal. A decisão do Ministro PELUSO foi no sentido de que a nossa prisão temporária seria para evitar nossos contados com os quadrilheiros, mas me levaram e me puseram lá dentro da Polícia Federal, com todo mundo. Então, conversei com todos eles.
Doutor ABEL, é bom quando nós não temos peso na consciência, porque eu chegava para eles e perguntava: "Quem é você?" E respondia: "Eu sou o Anísio". Eu ainda brinquei com ele e perguntei: "Quantas vezes o senhor foi preso?" E ele disse: "Ah, Excelência! Umas quarenta! Prender bicheiro é bom porque até Juíza vira Senadora.
Eu contei isso para a DENISE FROSSARD. Eu falei para ela assim: "Ele falou comigo que Juiz que manda prender bicheiro, DENISE, vera até Senadora". Aí o amigo dla, que estava com ela, falou: "É mesmo. A DENISE só foi Senadora porque mandou prender."
Conversei com todos eles. Alguns até não queriam conversar. Eu fiquei conhecendo lá.Eu não sabia quem eram os quadrilheiros.
Dessa quadrilha que o Ministério Público falou aí, dos membros que ela arrolou, meu relacionamento era com o JÚNIOR, que, se praticou algum crime, foi ter casado com a minha filha. Entendeu? Foi ter pedido a mão dela. E o crime que eu cometi foi ter concedido. Então, a nossa relação, dentro desse episódio que o Ministério Público fantasiou, seria essa.
O REGUEIRA -- olha, aconteceu igualzinho ao Caso dos Irmãos Naves, em que dois foram condenados, um morreu e o outro ficou para fazer justiça. Conseguiram matar o REGUEIRA. Eu tentei tirar o REGUEIRA de dentro de casa. Tentei tudo que um ser humano pode fazer por outro "REGUEIRA, vamos lá para o Instituto, vamos trabalhar, vamos dar aula! Você precisa ter força para demonstrar sua inocência, porque se você morrer, isso acaba prescrevendo.
E, lá na prisão, ele até, coitado, ainda estava meio traumatizado com isso. Ele tinha falado comigo. Eu falei para ele que eu queria ser cremado e ele falou para mim: "Não vou deixar cremar você porque eu quero encontrar com você no Paraíso, e as pessoas cremadas não entram no Paraíso". Mal ele sabia que eu que iria enterrá-lo.

(Na próxima semana tem mais).

MAGISTRADO É VÍTIMA DE LENTIDÃO DA JUSTIÇA (penúltima parte)

 EX-desembargador afastado do TRF-2 espera ha quatro anos uma decisão do STF.

Décio Viotto (Jornalista)

"SEM JULGAMENTO - Passados quatro anos, ele ainda não foi julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). "O processo não anda e eu fico num limbo: não sou absolvido, nem condenado, embora esteja pagando a pena da suspeita", afirma. Mesmo assim, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu, no ano passado, por unanimidade, aposentá-lo compulsoriamente, com direito aos proventos de aposentado. "Contribui durante 40 anos. Não é uma graça concedida. É um benefício retributivo. Desconto um valor para a Previdência Social todos os meses; injusto seria perder esse direito."
Ao votar pela aposentadoria permanente, mesmo que ainda não tenha sido comprovada sua participação nos crimes investigados. A análise feita é a de que a decisão teria um "efeito pedagógico".

(Parte da reportagem publicada pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO DE S. PAULO, nos dias 5, 6 e 7 de novembro de 2011).

NOTA - NO CNJ, virou moda, quando não se prova nada contra o magistrado -- no meu caso foi porque eu teria vendido decisões, o que uma deslavada calúnia e nada se provou -- esse Conselho o aposenta, porque já o expos à execração pública, considerando inconveniente a sua permanência no cargo. Esta é a justiça feita pelo Conselho Nacional de JUSTIÇA.

domingo, 4 de dezembro de 2011

QUER SABER POR QUE A JUSTIÇA ERRA? É SÓ LER.

       Em face da reportagem, exibida hoje (4/12) pelo FANTASTICO, sobre erros judiciários, mostrando três seres humanos (Oswaldo Marcelino, no Paraná; Wagno Lúcio da Silva, em Minas; e Marcos Mariano da Silva, em Pernanbuco), que foram condenados e cumpriram pena sem terem cometido crime algum, isso é muito fácil de entender.
           A Justiça não se preocupa muito com os FATOS, mas com a VERSÃO DOS FATOS, pois foi isso que aconteceu comigo, em que os FATOS -- minhas decisões sobre as máquinas caça-níqueis; minhas conversas com meu genro; o almoço no restaurante Fratelli --  realmente aconteceram, mas a VERSÃO DOS FATOS -- que vendi decisões; que pedi ao meu genro minha parte em dinheiro; e que o almoço era para negociar decisões judiciais -- são todas mentirosas, fruto da imaginação da Polícia Federal que, através do delegado federal, ÉZIO VICENTE DA SILVA, fez as "armações"; do então procurador-geral da República, ANTÔNIO FERNANDO DE SOUZA, que "montou" a denúncia com base nessas "armações", inclusive fazendo ele próprio montagens de conversas minhas com meu assessor, na Vice-Presidência do TRF-2, colocando, numa conversa que tive com meu assessor Bruno, como se fosse um HNI (Homem Não Identificado), para fazer supor que eu conversava com advogado de bingo; e do ministro CEZAR PELUSO, do Supremo Tribunal Federal, que, sem se inteirar realmente da VERSÃO DOS FATOS e o que estava por detrás dela -- que era  impedir que eu fosse eleito presidente do TRF-2 -- mandou grampear meu Gabinete do Tribunal, indo, em seguida, participar de um evento que coordenei em Buenos Aires, onde discutimos o tempo todo sobre A CORRUPÇÃO, e, sem fazer (ou mandar fazer) um exame apurado da prova "montada" que lhe chegou às mãos através da denúncia, não só a aceitou, como CONVENCEU TODOS OS DEMAIS INTEGRANTES DO STF A FAZER O MESMO. E, NA VERDADE, EU NÃO FIZ NADA DO QUE DIZEM QUE FIZ ("Onde falta a razão, a imaginação preenche": Ariano Suassuna).
           As suposições contra o desembargador Ricardo Regueira, que inclusive o levaram à morte física, despois de ter provocado a sua morte moral, são mais absurdas ainda, porque ele não só não concedeu uma decisão sequer sobre máquinas de bingo, como jamais esteve no meu Gabinete para tratar desse assunto, como supos a Polícia Federal; e morreu sem ver declarada a sua inocência, porque o STF arquivou a ação penal contra ele.

          MORAL DA HISTÓRIA - Se contra mim, que era um desembargador federal, e Vice-Presidente do TRF-2, um dos mais importantes tribunais federais deste País, e com uma das maiores obras científicas do País sobre o Direito Processual Civil (mais de cinquenta e dois livros publicados), conhecido de praticamente todos os ministros dos tribunais superiores, inclusive do STF, a maioria dos quais chegou a conviver comigo em eventos jurídicos, aqui e no exterior, uniram-se as três instituições que deveriam ser o meu "porto seguro" (POLÍCIA FEDERAL, MINISTÉRIO PÚBLICO E O STF), para me afastar do meu cargo, com base em meras suposições, o que acontece com os desconhecidos (Joões da Silva), como aconteceu com aquela vítima, revelada pelo FANTÁSTICO, não me causa nenhuma estranheza.O fato de Ricardo Regueira ser igualmente um desembargador federal não impediu de ser algemado, preso e recolhido a uma cela comu, em total desrespeito às suas prerrogativas constitucionais, pelas quais deveria zelar o ministro Cezar Peluso.
           Estes erros, que campeiam nas instituições nacionais, especialmente na Justiça, por conta das irresponsabilidades, não foram os primeiros e nem serão os últimos; sendo que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, ao reverter a decisão absolutória dos irmãos Naves, pelo Tribunal do Júri de Araguari, nas duas oportunidades em que foram julgados, vindo a condenando-os a vinte e cinco anos de reclusão (depois reduzida para dezesseis), inscreveu Minas Gerais nos anais jurídicos do Mundo inteiro, como o mais clamoroso e revoltante erro judiciário da História da Justiça. E parece que Minas não aprende.
                 TORÇA PARA QUE VOCÊ, LEITOR, NÃO SEJA UMA DESSAS VÍTIMAS DA JUSTIÇA, PARA O QUE NÃO PRECISA SER CULPADO.

         O QUE É PIOR - Fui algemado, preso e recolhido a uma cela comum na carceragem da Polícia Federal, em Brasília, sem o menor respeito às prerrogativas da magistratura, que a Constituição assegura, e o ministro Cezar Peluso deveria fazer respeitar, tudo com base em conversas telefônicas tidas com meu genro, que o perito professor RICARDO MOLINA comprovou terem sido MANIPULADAS pela Polícia Federal, conversas "sem pé nem cabeça", fora de contexto, porque as frases não se ligam, e sem que tivessem sido encontrados na minha residência ou na do meu genro quaisquer valores que a Polícia Federal dissera que eu teria recebido pelas decisões que proferi, porque na verdade tudo NÃO PASSOU DE UMA GRANDE ARMAÇÃO. Até o Marcos Valério, que não era juiz, preso na recente recente operação "Terra do Nunca", foi recolhido a uma prisão especial na Bahía, por determinação de um juiz de direito.

        SE A POLÍCIA FEDERAL, O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL OU O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (MINISTRO CEZAR PELUSO) ENCONTRAREM O VALOR, QUE DIZEM QUE RECEBI PARA DAR DECISÕES, NAS MINHAS CONTAS BANCÁRIAS OU EM APLICAÇÃO FINANCEIRA, NÃO MOVEREI UM DEDO NA MINHA DEFESA, DEIXANDO QUE ME CONDENEM POR ESSE FATO.

        TALVEZ A JUSTIÇA SEJA O QUE É PORQUE NÃO ENXERGA, POR CONTA DAQUELA MALDITA VENDA QUE TRÁS NOS OLHOS, MAS QUE ESPERO QUE ELA  A  TIRE, PARA OLHAR NO FUNDO DOS MEUS, E VER A TERRIVEL INJUSTIÇA QUE FEZ COMIGO.

COMO A REDE GLOBO CONSTRUIU O "PROJAC" NO RIO DE JANEIRO?


"(...) Será que um desembargador como eu, que tinha em minhas mãos um processo com sentença condenatória da Rede Globo em bilhões de cruzeiros, a depender do meu voto para ser confirmada ou não, se prestaria a se corromper pela quantia de um milhão de reais por conta de uma liminar, temporal e provisória, em favor de casas que exploram bingo?
Não digo que o meu voto fosse decisivo, mas a realidade é que nos tribunais, o voto do relator tem um enorme peso, para que um recurso seja acolhido ou denegado, e os meus votos quase sempre foram seguidos pelos demais desembargadores do Tribunal.
Aliás, explorar por explorar, a Rede Globo de Televisão é mestra na exploração da opinião pública, o que ela faz como ninguém, pelo que, se eu fosse dado à prática da corrupção como ela ajudou a divulgar, por certo teria sido ela própria a melhor “vítima” que tive nas mãos durante toda a minha carreira de juiz, numa demanda bilionária.
Aos que me derem o prazer da leitura, e que acreditaram nas versões divulgadas pela Rede Globo a meu respeito, perguntem a ela quanto a empresa mãe (holding), ré na ação, pagou pelo meu voto, que foi o condutor da decisão a seu favor, na reversão da sentença do juiz, pela qual tinha sido condenada a devolver à Caixa a fabulosa quantia de trinta e um bilhões, noventa e três milhões, oitocentos e sessenta e cinco mil cruzeiros, além das demais verbas acessórias impostas por esta sentença.
Para que se tenha ideia dessa cifra, só a verba honorária importava, na época, em aproximadamente vinte milhões de dólares, que o advogado do autor deixou de embolsar.
Existe um provérbio que diz que “cesteiro que faz um cesto, faz um cento, e, tendo cipó e tempo, faz duzentos”. 

(Trecho do livro OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO", encontrável em www.bondfaro.com.br" ). 

O NAZISMO E O FACISMO TAMBÉM TIVERAM O APOIO DA "OPINIÃO PÚBLICA"


"Reconheço que, quando as decisões judiciais encontram eco na opinião pública, o sentimento de justiça é mais confortável; mas a Justiça não é uma instituição que deva funcionar embalada pela opinião pública; mesmo porque, como se sabe, o nazismo, na Alemanha, e o fascismo, na Itália, que marcaram para sempre a humanidade, não teriam sido possíveis se não contassem com o apoio da chamada “opinião pública”.
                    Depois do que aconteceu comigo, e tendo eu consciência do que fiz e do que a Polícia Federal e o Ministério Público Federal supõem que eu tenha feito, preocupa-me a independência de alguns juízes que fazem com que ainda haja justiça neste país, vítimas em potencial das maquinações institucionais, que, em vez de combatidas e punidas, são muitas vezes estimuladas pela própria Justiça."
 
(Trecho do livro OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO", encontrável em www.bondfaro.com.br).