domingo, 25 de dezembro de 2011

DEPOIMENTO DE CARREIRA ALVIM AO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, E QUE ESTE CONSELHO NÃO LEU.

DESEMBARGADOR FEDERAL ABEL GOMES (RELATOR): Mas é porque, segundo os autos, o José Renato Granado esteve justamente naquele encontro, no Restaurante Fratelli, com Vossa Excelência, com Jaime Garcia e com o Silvério Júnior.
DESEMBARGADOR FEDEERAL JOSÉ EDUARDO CARREIRA ALVIM (REQUERIDO): Vamos desfazer este equívoco.
Uma vez - eu não lembro as datas -- eu, depois, tomei conhecimento aqui na denúncia ou nos registros da Polícia Federal. Se eu não estou enganado, pelo que eu li ontem. Porque eu estou, mais ou menos, com isso tudo na cabeça, porque, ontem, eu fiquei até as três horas da manhã lendo isso apra chegar aqui e poder informar. O meu objetivo é esclarecer.
Tenho certeza absoluta -- como se diz: "A verdade é como água: ou é límpida, ou não é água". A verdade fica no fundo. Ainda que o Ministério Público queira demonstrar que isso é verdade, que a Polícia Federal tenha querido provar que aquilo que ela fez é verdadeiro, não adiante, porque a verdade é soberana. Se, no final, tudo isso aqui aparecer como verdade, vou me aposentar, porque, na minha consciência a justiça apodreceu. A certeza tão grande que tenho é essa, de que essas coisas vão se esclarecer.
Doutor Abel, acho até que essa hipótese, esse caso do restaurante está vinculado com o problema da Betec. Vou falar do restaurante porque é a pergunta que Vossa Excelência me colocou, mas essa decisão da Betec, que foi o suposto estopim dessa fantasia toda, foi dada no mês de junho de 2006. Esse encontro no restaurante e tudo foi em janeiro de 2007. Quer dizer, qual era o interesse? Todo mundo que tinha que pedir. Olha: junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro e janeiro. Por isso que digo que o ANTÔNIO FERNANDO não leu isso. 
(Continua na próxima semana)

NOTA - Na verdade, as coisas não se esclareceram, porque o Conselho Nacional de Justiça embarcou no relatório do ministro Gilson Gipp --, que inclusive havia estado comigo em Buenos Aires, num congresso que ajudei a organizar, em parceria com entidades ligadas à ONU --, e concluiu, ABSURDMENTE, que eu não poderia ter comparecido a esse jantar; embora eu sequer soubesse que algumas dessas pessoas estariam lá. Mas, ele Dipp, esteve comigo, e jantou comigo, já investigado por Cezar Peluso, num restaurante de Buenos Aires, que também se fez presente nesse mesmo jantar.
Você leitor, vá registrando na sua memória, o que é a ética nos tribunais superiores do Brasil, especialmente no STJ e no STF. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário