domingo, 19 de maio de 2013

ADVOGADOS QUEREM POLÍCIA FEDERAL CONTROLADA



(continuação)
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"Conclui o ex-ministro do governo que a polícia sustenta muito a mídia, e a mídia aceita esse papel de estímulo a violências, havendo uma relação espúria entre a polícia e a mídia, registrando que é contra a transcrição de uma fita ilegal porque isso é crime, mas os jornais vão fazendo, e isso vai sendo aceito, porque ninguém gosta de ir contra o jornal.

Também o advogado Mariz de Oliveira deu uma entrevista à Folha de São Paulo, reconhecendo que o trabalho da Polícia Federal nunca se limitou tanto a escutas telefônicas, e que a prisão preventiva (ou temporária) deveria ser excepcional em vez de ser aplicada de forma descontrolada.

Esse advogado chegou a enviar uma carta ao Superior Tribunal de Justiça, assinada por mais de onze advogados, manifestando preocupação com a forma açodada e descriteriosa com que o Judiciário autorizava prisões; em que a Polícia Federal pede a prisão temporária, e depois a preventiva, sem ter qualquer indício de crime, ficando a responsabilidade maior com o Judiciário que a autoriza.

Em entrevista à Folha, sob o título “Operações têm erros graves de investigação”, o advogado Alberto Toron disse que o seu receio é que algumas operações são baseadas em conversas gravadas, às vezes, tiradas do contexto ou com uma interpretação forçada, e que a Polícia Federal joga para mostrar serviço, e injustiças são cometidas por conta disso.

Por ironia do destino, esse advogado acabou sendo uma das vítimas do grampeamento da Polícia Federal. 
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(continua na próxima semana)

Trecho do livro OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO (Geração Editorial), encontrável nas livrarias SARAIVA e em www.saraiva.com.br, www.estantevirtual.com.br, www.bondfaro.com.br e nas livrarias de todo o País. 

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