(Por Pedro Canário)
(continuação)
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A carta
Tuma
Jr. Contou a Tognolli em seu livro que soube do grampo indiscriminado a
ministros do Supremo por meio de uma carta enviada a ele pelo amigo Edson
Oliveira, ex-diretor da Interpol no Brasil, no dia 2 de maio de 2011. Na carta,
Oliveira diz que ficou sabendo do caso em querer, numa conversa informal com o
então presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Rio de Janeiro, Telmo
Correia, no fim de 2008. Eles trabalharam juntos no aeroporto Santos Dumont, no
Rio de Janeiro.
O
ex-presidente do Sindicato da PF no Rio contou que um amigo delegado da PF o
procurou, logo depois de a imprensa divulgar a descoberta de escutas
telefônicas no STF, que tinham como alvo principal o ministro Gilmar Mendes.
Seu amigo estava desesperado, pois tinha a certeza de que a história chegaria a
ele a qualquer momento – e quando chegasse, não saberia o que fazer.
Edson
Oliveira, então, passa a narrar que, preocupado com o teor da revelação, foi
apurar o ocorrido. A partir de um cruzamento de dados, feito por ele e pelo
agente da PF alexandre Fraga, segundo a carta, chegou-se a um agente Távora,
reputado como autor dos grampos aos ministros do STF. Na época, ele trabalhava
na Delegacia Fazendária da PF no Rio. Era um policial com pouco tempo de casa,
segundo Oliveira, “mas muito experiente em análise financeira e documental”.
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(continua
na próxima semana)
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