(continuação)
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"Por
que apenas eu, Carreira Alvim, apesar de toda a minha transparência como
processualista e professor de Direito, conhecido da maioria dos ministros e com
uma obra científica, que me orgulha como um cientista do Direito, fui
interceptado e grampeado pelo ministro Cezar Peluso a pedido do Ministério
Público Federal?
Por
que os desembargadores que deram realmente liminares para funcionamento de
bingos no Rio de Janeiro, e até para liberação de componentes eletrônicos
importados, no Rio Grande do Sul, que nem está vinculado ao Tribunal, não foram
também interceptados e grampeados para saber o que estava por detrás das suas
decisões?
Por
que nenhum ministro do Supremo Tribunal Federal ou conselheiro do Conselho
Nacional de Justiça quis ver que eu só vim a aceitar almoçar com o advogado
Castelar Guimarães, no Rio de Janeiro, e mesmo assim pensando que o almoço era
entre ele, eu e meu genro,
sete meses depois
que as minhas decisões liminares para liberar máquinas caça-níqueis – e não
para bingos funcionarem – tinham sido cassadas pelo próprio Tribunal e pelo
Supremo Tribunal Federal?
Por
que todo o meu passado como procurador da República, como magistrado, como
professor de Direito e como processualista conhecido em todo o país, com mais
de cinquenta obras publicadas, tive a minha honra e dignidade jogada no lixo
por força das suspeitas e montagens de um delegado federal desconhecido que se
aprimorou em fazer montagens para viabilizar as megaoperações da Polícia
Federal?"
(continuação na próxima semana)
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Trecho do livro OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO (Geração Editorial), à venda nas Livrarias SARAIVA, e encontrável também em www.saraiva.com.br, www.estantevirtual.com.br, www.bondfaro.com.br e nas livrarias de todo o País.
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