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Porque
estou sendo acusado de integrar organização criminosa que explorava o jogo no
Rio de Janeiro e no Espírito Santo, sem que tivesse dado uma decisão isolada sequer, chamada de
liminar, para que qualquer bingo funcionasse?
Por
que os desembargadores federais que deram liminares para o funcionamento de
bingos no Tribunal não foram acusados de integrar a quadrilha imaginada pela
Polícia Federal com o apoio do Ministério Público e do Supremo Tribunal
Federal?
Por
que nenhum dos meus julgadores, nem no Supremo Tribunal Federal, para fins de
recebimento da denúncia, e no Conselho Nacional de Justiça, para me condenar a
me aposentar compulsoriamente, quis fazer uma verificação nas minhas decisões
pelas quais eu era acusado de corrupção que nada tinham a ver com funcionamento
de bingo?
Por
que ninguém quer desmentir o então chefe do Ministério Público que ele errou o
foco, mirando em mim, que apenas mandei liberar máquinas de bingos que estavam
funcionando, acusando-me de ser integrante de uma quadrilha que autorizava o
funcionamento de jogos de azar?
Por
que nenhum desembargador federal do Tribunal que também deu liminar para a
liberação de máquinas de bingo não foi acusado de integrar a quadrilha
imaginada pelo Ministério Público?
(continua na próxima semana)
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