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"A minha revolta com esse comportamento foi tanta, que, sinceramente, desejei que aquele avião caísse antes de chegar ao destino, para que pudesse encontrar-me com os meus algozes no inferno, para um acerto de contas na frente do capeta.
Lembro-me de que, no momento
da revista, alertei o agente das prerrogativas do meu cargo de magistrado, e,
novamente, ouvi dele a enigmática resposta: “Isso é operacional, Excelência; nada
tendo a ver com suas prerrogativas.”
Passada essa revista, fomos
colocados numa fila indiana, a partir da porta do avião que nos conduziria a
Brasília, momento em que observei que os agentes federais traziam uma espécie
de correia, distribuindo-as a todos os “passageiros da agonia”, tendo inclusive
eu e o desembargador Ricardo Regueira, que estava à minha frente, sido agraciados
com uma delas.
Em seguida, verifiquei que
os agentes federais vinham colocando algemas nos passageiros, prendendo-as à
correia posta na sua barriga."
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(continua na próxima semana)
Trecho do livro OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO (Geração Editorial), encontrável em www.saraiva.com.br, www.estantevirtual.com.br, www.bondfaro.com.br e nas boas livrarias do País.
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