PODER
JUDICIÁRIO
TRIBUNAL
REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO
(Notas
Taquigráficas SAJ/CORTAQ) (Audiência, 16/4/2010)
________________________________________________________
(continuação)
[...]
segundos é muita conversa numa conversa. Então, de onde eles tiraram isso aqui?
Da minha conversa com o JÚNIOR. Só que, na conversa com o JÚNIOR, eu falava:
''Não tem dinheiro para pagar a parte aérea e a parte terrestre". Eles
pegaram parte quando eu falei: "Você paga em dinheiro.” E realmente quem pagou
a diferença da passagem do PEÇANHA MARTINS foi esse dinheiro que o JÚNIOR tinha
arrecadado.
Então,
essa foi a história do JÚNIOR em relação a esse assunto."
"Em
relação a esse um milhão de reais, a Policia Federal grampeou alguns dos
"bingueiros" que não sei quem, e, na hora uma pessoa não sei se namorada
ou mulher Iigou para ele e ele atendeu ao telefone. No atender ao telefone,
pessoas estavam conversando, que não se identificava de quem era a voz, porque
a conversa era muito ruim, a perícia disse que não era possível identificar, nem nada.
DESEMBARGADOR
FEDERAL ABEL GOMES (RELATOR): Vozes ao fundo.
DESEMBARGADOR
FEDERAL JOSÉ EDUARDO CARREIRA ALVIM (REQUERIDO): Sim. E lá aparecia a palavra
''um milhão", que alguém falava, e aparecia CARREIRA, inclusive dizia: “CARREIRA
está enrolando.” E, a partir daí, a Polícia Federal, deduziu e o Ministério Público
acreditou que esse ''um milhão de reais eles teriam oferecido para CARREIRA e por
isso que ele aparece aqui.
(Lê)
"Os áudios
captados revelam que CARREIRA pediu um, milhão de reais -- vide áudio.”
Agora, o que acontece nisso aqui? Eu não vou
ler, mas vejam só alguns trechos:
(Lê)
"A análise da
gravação 1 ..."
Que
é a minha conversa com o meu genro.
(Lê)
Aí,
ele diz aqui:
(Lê)
"revelou a existência de duas
descontinuidades no fluxo da gravação de dois segundos."
Aí
ele diz aqui:
(Lê)
"Que aparece arte em dinheiro."
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(continua
na próxima semana) 77
NOTA: Eu não fui vítima
de uma “montagem” feita apenas pela Polícia Federal [ÉZIO VICENTE DA SILVA],
mas, o que é pior, feita também pelo procurador-geral da República, na época
[ANTÔNIO FERNANDO DE SOUZA] e, pior ainda, por um ministro do Supremo Tribunal
Federal [CEZAR PELUSO], que convenceu toda a Corte a receber contra mim uma
denúncia que não tem um mínimo de suporte na verdade, mas apenas na imaginação
(fértil, por sinal) dos meus algozes.
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