"Quando eu estava na
carceragem da Polícia Federal em Brasília, recebi a visita do meu irmão
Bonifácio, médico conceituado, que me disse ter ouvido a minha voz numa das
transmissões da Rede Globo, conversando com meu genro, e dizendo que queria
“minha parte em dinheiro”; e que a voz era realmente minha.
Depois
dessa visita, fiquei pensando nisso, pois tinha certeza de não ter tido nenhuma
conversa com meu genro com esse teor; e nunca teria mesmo porque sabia que
estava sendo interceptado e o meu gabinete grampeado, sem, no entanto, saber
que era com a autorização do Supremo Tribunal Federal.
Quando tive acesso às
gravações feitas pela Polícia Federal, e ouvi a minha frase com o meu genro, dei-me
conta de que a conversa que tivera com ele estava inteiramente fora do
contexto, pois nada tinha a ver com decisões judiciais, mas com o congresso
jurídico que realizamos em
Buenos Aires, e ao qual compareceram os ministros Cezar
Peluso do Supremo Tribunal Federal e Gilson Dipp, Eliana Calmon e Peçanha
Martins do Superior Tribunal de Justiça."
(continua na próxima semana)
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Trecho do livro OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO (Geração Editorial), encontrável em www.saraiva.com.br, www.estantevirtual.com.br, www.bondfaro.com.br e nas livrarias de todo o País.
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