(continua)
“Quem acabou, no final, pagando a conta dessa irresponsabilidade foi o estado de Minas Gerais, que teve que arcar com todas as indenizações devidas à família Naves, mas os verdadeiros responsáveis pela trama, delegado e Ministério Público inexplicavelmente jamais foram punidos.
Eu era ainda adolescente, quando assisti ao filme, e a
minha indignação era tal que, se eu tivesse encontrado esse delegado “Chico
Vieira” ou o promotor de Justiça de Araguari pela frente, teria feito uma
besteira. Aliás, a revolta não foi só minha não, mas de todos os que assistiram
ao filme, pois saíram do cinema igualmente indignados.
Naquela época, não conseguia entender como a Justiça, que eu praticamente
desconhecia, apesar de o meu pai ser advogado, permitia e concorria para que
tais coisas acontecessem; mas, hoje, sendo um desembargador e vítima da própria
Justiça, entendo de sobra as suas razões para fazer o que faz contra inocentes.”
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(continua na próxima semana)
Trecho do livro OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO
OLHO DO FURACÃO (Geração Editorial), encontrável em www.saraiva.com.br,
www.estantevirtual.com.br, www.bondfararo. com.br e nas livrarias de todo o
País.
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