sábado, 8 de dezembro de 2012

SUSPEITA DE FRAUDE [COMETIDA] PELA POLÍCIA FEDERAL

                    (continuação)


"O que eu disse a meu genro nada tinha a ver com minhas decisões sobre caça-níqueis, tendo inclusive o ministro Peçanha Martins, quando depôs como minha testemunha no procedimento a que respondi no Conselho Nacional de Justiça, confirmado as nossas conversas, tanto a que teve comigo quanto as que mais de uma vez manteve com Silvério Júnior, meu genro, tudo dentro de um contexto que só quem não quer enxergar não vê ali a verdade sobre o episódio do dinheiro.
Nenhuma das conversas que o ministro Peçanha Martins teve comigo e com o meu genro foram transcritas pela Polícia Federal porque seriam a prova inconteste do embuste montado para fazer supor que eu tinha feito um trato que só existia na imaginação dos policiais.
 Assim que tive acesso às gravações, pude constatar que tinha sido exatamente isso que acontecera, o que punha à mostra que a frase metida no relatório do delegado Ézio Vicente da Silva, da Polícia Federal, era produto de uma montagem, com palavras cortadas e coladas, o que dava para perceber a olho nu, e que mais tarde veio a ser comprovado pela perícia realizada pelo professor Ricardo Molina, da Universidade de Campinas, um dos mais acreditados peritos deste país.
Esses fatos são detidamente considerados num trecho próprio pelo inusitado de que se reveste, na medida em que foram montados por uma instituição como a Polícia Federal, com potencial para convencer duas outras, todas da maior importância na garantia dos direitos e da liberdade neste país."
(continua na próxima semana)
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Trecho do livro OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO (Geração Editorial), encontrável em www.saraiva.com.br, www.estantevirtual.com.br, www.bondfaro.com.br e nas boas livrarias do País (inclusive na Argumento).

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