(continuação)
"O famoso caso dos irmãos Naves constitui um alerta ao Ministério
Público Federal e ao Supremo Tribunal Federal, para um fato ocorrido no
interior de Minas Gerais, no longínquo ano de 1937, muito semelhante aos que
envolvem a operação Hurricane, onde
as únicas provas existentes contra mim são conversas gravadas, não confiáveis
como restou demonstrado pela perícia feita por um dos mais
renomados peritos do país, professor Ricardo Molina, da Unicamp.
Espero que o monstruoso erro judiciário de Araguari, mancha inapagável da
Justiça brasileira, em todos os tempos, aqui e lá fora, para a qual concorreu o
Tribunal de Justiça de Minas Gerais, minha terra natal, não me faça vítima de
mais um clamoroso erro judiciário, penalizando quem fez da magistratura uma
profissão de fé, por um crime que jamais cometeu; e existente apenas na cabeça
da Polícia Federal e do chefe do Ministério Público Federal.
Revendo o filme O caso dos irmãos
Naves, verifiquei que, após a descoberta da farsa que os condenou, um jornal
da época publicou uma reportagem com o título “Toda uma família levada ao cárcere
por crime imaginado pelo delegado”;
sendo este também o meu temor, porque eu fora, igualmente, denunciado por um crime imaginado por um delegado federal."
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(continua na próxima semana)
Trecho do livro OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ
NO OLHO DO FURACÃO (Geração Editorial), encontrável em www.saraiva.com.br,
www.estantevirtual.com.br, www.bondfaro.com.br e nas boas livrarias do País
(inclusive na Argumento).
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