"Numa
democracia, em que se acredita que os princípios constitucionais são respeitados, a última coisa que eu poderia
supor é que o meu gabinete pudesse ser objeto de escuta ambiental, a uma, por conta da dignidade do cargo de vice-presidente,
e, a outra, porque eu exercia a minha função com a maior dignidade, nada tendo
feito que me comprometesse.
Aliás, eu nem sabia que essa
prática de grampeamento, que pela Lei do Grampo deveria ser excepcional,
tinha-se tornado uma rotina na vida
judiciária, por determinação da própria Justiça.
Em maio de 2006, foi
requerida quebra do sigilo telefônico do meu genro, Silvério Júnior, numa
medida cautelar penal, requerida pelo Ministério Público Federal, cujo verdadeiro fundamento era o fato de ser
ele casado com a minha filha, pedido esse deferido pela juíza da justiça criminal
do Rio de Janeiro, interceptações estas sucessivamente prorrogadas pela juíza,
tendo a última delas mostrado a necessidade da remessa do processo ao Supremo
Tribunal Federal, que é a mais alta corte de justiça do país."
(continua na próxima semana)
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Trecho do livro OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO, encontrável em www.saraiva.com.br, em www.estantevirtual.com.br, na Livraria La Selva (nos Aeroportos) e em outras livrarias em todo o Brasil.
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