(continuação)
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"Quando chegou o delegado que
não fiquei sabendo quem era, ele sentou-se, fez a minha identificação de praxe,
e algumas perguntas sobre o meu patrimônio, que respondi prontamente, e quando deveria
passar aos fatos objeto da investigação, ele mesmo se encarregou de me dizer:
“Sobre os fatos, o senhor vai ficar calado, não é? Porque foi isso que fizeram
os seus colegas”.
Respondi afirmativamente,
sem saber a que colegas se referia, porque não perguntei, mas acredito que
devesse ser ao desembargador Ricardo Regueira, pois o juiz trabalhista Ernesto
Dória já tinha sido ouvido na carceragem do Rio de Janeiro, supondo que com
isso seria imediatamente liberado, embora não o tenha sido.
O meu advogado fez algumas
intervenções técnicas durante o meu depoimento, que o delegado federal atendeu,
fazendo constar, mas também não me lembro sobre o que foi.
A
subprocuradora-geral da República, presente à inquirição, passou-me a impressão
de que iria formular perguntas, mas quando o delegado federal lhe perguntou se
tinha alguma pergunta a fazer ela disse que não."
(continua na próxima semana)
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Trecho do livro OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO (Geração Editoral), encontrável em www.saraiva.com.br, www.bondfaro.com.br, www.estantevirtual.com.br , na Livraria La Selva (nos Aeroportos) e em outras livrarias em todo o Brasil.
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