segunda-feira, 3 de setembro de 2012

ARREPENDIMENTO DE UM DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL


(continuação)
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"Foi nesse clima que o delegado Carlos Pereira abriu-me a sua alma, relatando-me tudo o que havia acontecido com a operação por ele deflagrada em Niterói, que veio a determinar a minha decisão para que fossem as máquinas caça-níqueis restituídas aos seus donos, e, a partir daí toda essa confusão em que fomos metidos até o pescoço.

Desembargador, disse ele, eu não lhe conhecia pessoalmente quando recebi a intimação das suas decisões, determinando-me a restituição das máquinas apreendidas por ordem minha, e lhe confesso agora que ficava indignado com elas, xinguei o senhor de tudo que é nome, de “filho da puta” para baixo; mas, conhecendo-o agora como o conheço, e vendo quem o senhor é realmente, e a pessoa humana que o senhor é, confesso-lhe que me arrependo profundamente do que fiz e do que disse, pois jamais faria isso novamente.

E acrescentou que as gravações das suas conversas com seus interlocutores comprovaram que ele repassava toda essa sua indignação com as minhas decisões, mas os seus colegas federais, da contra-inteligência da Polícia Federal, na sua interpretação dos fatos, entenderam que o xingamento que ele me fazia era para dissimular a sua participação na quadrilha de caça-níqueis, razão por que foi igualmente preso, juntamente com outros colegas delegados, referindo-se a outros delegados federais também presos pela operação.

                   (continua na próxima semana)
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                   Trecho do livro OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO" (Geração Editorial), encontrável em www.saraiva.com.br, em www.estantevirtual.com.br , em www.bondfaro.com.br e na Livraria LaSelva (nos Aeroportos) e em outras livrarias em todo o Brasil.

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