"Certa manhã, alguém noticiou
que seríamos ouvidos pelos delegados federais sobre os fatos constantes do
inquérito policial, que servia de suporte à denúncia.
Como tínhamos entrevistas
diárias com os advogados, estes tomaram também conhecimento de que todos os
encarcerados das celas um a sete começariam a ser ouvidos.
A recomendação da defesa era
para que ninguém falasse nada a respeito da operação furacão, exercitando o
direito de “ficar calado”.
Não entendi o sentido dessa
recomendação, mas como eu era um encarcerado e não um juiz tratei de segui-la à
risca.
Confesso que essa recomendação não me agradou
muito, pois eu estava louco para falar, fosse para quem fosse, sobre o que
havia acontecido comigo a partir da minha prisão, porque a respeito do resto eu
nem poderia falar, pois não sabia realmente de nada"
(continua na próxima semana)
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Trecho do livro OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO (Geração Editorial), encontrável em www.saraiva.com.br, em www.bondfaro.com.br, na Livraria La Selva (nos Aeroportos) e em outras livrarias do ramo.
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