"Conheci o delegado federal
Carlos Pereira, preso também pela operação furacão, assim que chegamos à Base
Aérea do Galeão, quando estava eu conversando com o desembargador Ricardo
Requeira, tendo ele se aproximado de nós, se identificou e me disse que era o
delegado havia determinado a apreensão das máquinas caça-níqueis em Niterói,
cuja devolução eu determinara, sob pena de pesadas multas, e por conta das
quais tinha sido vítima do furacão.
Confesso que, naquele
momento, não foi para mim um encontro dos mais agradáveis, se bem que
anteriormente tivesse tido a vontade de saber quem era o delegado federal de
Niterói que mostrava tanta resistência no cumprimento das minhas decisões.
O meu desejo acabou se
realizando por obra do acaso, porque até Carlos Pereira se mostrava surpreso
com a sua própria prisão, pois se sentia injustiçado, por ter sido ele quem
fizera a apreensão das máquinas caça-níqueis, que eu mandara restituir, sendo
contraditório que viesse a ser acusado de repassar informações privilegiadas
aos donos das máquinas por ele apreendidas."
(continua na próxima semana)
_____________________________________________________
Trecho do livro OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO (Geração Editorial), encontrável em www.saraiva.com.br e na Livraria La Selva (nos Aeroportos).
Nenhum comentário:
Postar um comentário