(Continuação)
"No Capítulo 4, relato os terríveis e angustiantes movimentos do furacão, na carceragem da Polícia Federal no Rio de Janeiro; o exame de corpo de delito pelo qual fui despido para ser exposto ao ridículo; a surpresa do encontro com o desembargador Ricardo Regueira, que foi a maior vítima dessas infâmias; como fomos tratados com “restos de pizzas” pelos delegados federais, passando fome e sede; as necessidades fisiológicas feitas na presença de um policial federal, sem o direito de fechar a porta da privada; e a luta da minha filha com o pai e o marido injustamente presos.
"No Capítulo 4, relato os terríveis e angustiantes movimentos do furacão, na carceragem da Polícia Federal no Rio de Janeiro; o exame de corpo de delito pelo qual fui despido para ser exposto ao ridículo; a surpresa do encontro com o desembargador Ricardo Regueira, que foi a maior vítima dessas infâmias; como fomos tratados com “restos de pizzas” pelos delegados federais, passando fome e sede; as necessidades fisiológicas feitas na presença de um policial federal, sem o direito de fechar a porta da privada; e a luta da minha filha com o pai e o marido injustamente presos.
No Capítulo 5, mostro o deslocamento do furacão em direção a Brasília; as
revistas constrangedoras a que os agentes federais me submeteram na Base Aérea
do Galeão; a chegada à carceragem em Brasília, onde fui de novo despido e
examinado, passando por novo constrangimento; a prisão comum com grades e tudo
onde fomos colocados eu e o desembargador Ricardo Regueira, apesar de a
Constituição nos garantir prisão especial, em sala de Estado Maior; a colocação
numa cela em que o banheiro não tinha porta e onde havia espaço para dois
presos, mas fomos postos seis.
No Capítulo 6, trato dos momentos em que
estive no “olho do furacão”, na carceragem em Brasília; as intimações do
Supremo Tribunal Federal, que em vez de serem feitas aos nossos advogados,
todos de plantão naquela Corte, eram feitas pela televisão; os banhos de sol na
carceragem, onde conheci os outros detidos na operação furacão, e onde vim a
reconhecer dois homens, que vim a saber ali serem bingueiros, mas que tinham
estado no almoço no restaurante Fratelli que os ministros do Supremo e os conselheiros
do Conselho Nacional de Justiça concluíram ter sido um encontro para negociar
minhas decisões; a visita inesperada do então presidente da Associação dos
Juízes Federais, juiz Walter Nunes, que viu todo o desrespeito contra as
prerrogativas dos juízes, mas não conseguiu fazer com que o ministro Cezar
Peluso as corrigisse após os ofícios que fez denunciando tudo; o arrependimento
de um delegado federal, preso na mesma operação; a tomada de depoimentos de
desembargadores federais por um delegado federal, quando nem na área
administrativa um servidor de hierarquia inferior participa do julgamento de um
funcionário de hierarquia superior; a saída da carceragem e as lembranças do
cárcere."
(continua na próxima semana)
Trecho do livro OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO (Geração Editorial), encontrável em www.saraiva.com.br e em www.bondfaro.com.br
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