(continuação))
FATO NOTÓRIO: O seu livro – “Operação Hurricane – um juiz no olho do furacão” – deve expor mais feridas e atingir outras autoridades, inclusive do Judiciário?
CARREIRA ALVIM: O meu livro não atinge ninguém, limitando-se a contar a versão dos fatos, como realmente aconteceram, e que foram distorcidos pelos meus algozes com o propósito deliberado de me incriminar, inventando que eu integrava uma quadrilha de bingos.
FATO NOTÓRIO: Bingos, caça-níqueis,
jogo do bicho, dentre outras contravenções, tem alguma proximidade com o Poder
Judiciário? Qual o nível desta proximidade?
CARREIRA ALVIM: Não tem proximidade alguma, limitando-se esses empresários a se valer da Justiça quando precisam dela; mesmo porque a justiça cível não distingue o direito da parte pelo caráter das pessoas, como acontece com a justiça criminal. A proximidade dessas atividades, infelizmente, sempre foi com a Polícia, conforme noticiado diuturnamente pela mídia.
CARREIRA ALVIM: Não tem proximidade alguma, limitando-se esses empresários a se valer da Justiça quando precisam dela; mesmo porque a justiça cível não distingue o direito da parte pelo caráter das pessoas, como acontece com a justiça criminal. A proximidade dessas atividades, infelizmente, sempre foi com a Polícia, conforme noticiado diuturnamente pela mídia.
FATO NOTÓRIO: O senhor era
desembargador federal no Rio de Janeiro – alguém extremamente poderoso na
sociedade – e, de outro modo, aponta ter sido vítima de ações da Polícia
Federal, Ministério Público e do próprio Judiciário. Qual sua opinião do
cidadão comum que muitas vezes sofre com situações análogas e não tem poder
nenhum?
CARREIRA ALVIM: Quando a justiça se junta ao Ministério Público e à polícia federal para investigar alguém, como se fossem uma só instituição, o que poderia resultar daí foi o que resultou: uma armação, que é o avesso da justiça. Se comigo, que era desembargador federal, me prenderam, me despiram, me puseram algemas, e me colocaram numa cela “comum” juntamente com outros investigados, indiferentes às prerrogativas asseguradas pela lei ao magistrado, imaginem o que não fazem com o cidadão comum. E isso, sem se ter a quem recorrer, porque quem fez o que fez comigo foi o Supremo Tribunal Federal, através do ministro Cezar Peluso, que é o atual [hoje, aposentado] presidente da mais alta corte de justiça do País.
(continua na próxima semana)
CARREIRA ALVIM: Quando a justiça se junta ao Ministério Público e à polícia federal para investigar alguém, como se fossem uma só instituição, o que poderia resultar daí foi o que resultou: uma armação, que é o avesso da justiça. Se comigo, que era desembargador federal, me prenderam, me despiram, me puseram algemas, e me colocaram numa cela “comum” juntamente com outros investigados, indiferentes às prerrogativas asseguradas pela lei ao magistrado, imaginem o que não fazem com o cidadão comum. E isso, sem se ter a quem recorrer, porque quem fez o que fez comigo foi o Supremo Tribunal Federal, através do ministro Cezar Peluso, que é o atual [hoje, aposentado] presidente da mais alta corte de justiça do País.
(continua na próxima semana)
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