Por Pedro Canário
continuação)
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Insisti com Telmo para que me fornecesse o nome do agente, entretanto
este se recusou, alegando que recebia inúmeras pessoas em sua sala como
presidente do Sindicato, e que esse caso era somente mais um. Alertei a Telmo
para o fato de que ele não era padre para ouvir confissão e guardar segredo mas
sim, antes de tudo, um agente federal e que como tal tinha o dever de informar
oficialmente o conhecimento de um crime e de sua autoria. Disse ainda que
levaria o caso ao conhecimento da autoridade que presidia inquérito e que,
fatalmente ele, Telmo, seria convocado a depor. Telmo, na ocasião, me disse
que, caso fosse realmente chamado, negaria tudo.
Investigando o assunto juntamente com o agente federal Alexandre Fraga,
outro componente de uma das equipes de plantão naquele aeroporto, chegamos ao
autor do delito, através do cruzamento de vários dados que foram vazados por
Telmo durante inconfidências que fazia ao longo do dia durante os seus
plantões. A investigação nos conduziu ao agente federal Távora, na época lotado
na Delegacia Fazendária da PF do Rio de Janeiro.
Távora participou de operações em Brasília, recebendo diárias, tendo
passado vários meses naquela cidade, convocado para participar da equipe do
delegado Protógenes. Segundo os levantamentos feitos, Távora é um agente
federal com pouco tempo de polícia mas muito experiente em análise financeira e
documental, pois foi analista de empresas de consultoria por muito tempo antes
de ingressar na PF.
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(continua na próxima semana)
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