sábado, 11 de maio de 2013

DEPOIMENTO PRESTADO PELO DESEMBARGADOR CARREIRA ALVIM, NO RIO DE JANEIRO, QUE O CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA NÃO LEU.

 
  
PODER JUDICIÁRIO 
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO
(Notas Taquigráficas SAJ/CORTAQ)                            (Audiência, 16/4/2010)
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(continuação)
(Lê)
"ERNESTO DÓRIA alardeia possuir estreita ligação com autoridade de todo o País, mas é certo que, com relação ao denunciado CARREIRA ALVIM, ele fala a verdade."      
Como é que um marginal mente com os outros e comigo fala a verdade? O Ministério Público chegou à conclusão, de que ele fala a verdade, mas, na realidade, ele diz é que era amigo do BENEDITO GONÇALVES.
Para finalizar, Doutor ABEL, há aqui aquela frase emblemática que ele [Antônio Fernando de Souza] diz que digo: "Me pegar por corrupção, eles não vão pegar nunca porque eu não sou corrupto". Pela minha felicidade, sempre disse que não me pegam por corrupção porque não sou corrupto.
Pois não é que eles acabaram me pegando e me acoimando de corrupção? Não é que eu não acreditasse que a Polícia Federal não pudesse fazer isso, não. Eu até podia acreditar, porque polícia é polícia em qualquer lugar do mundo. O que eu não acreditava é que eles fossem convencer um procurador-geral ou sub-procurador-geral da República do STF ou do STJ a fazer o que fez e, muito menos, convencer um Ministro que isso era verdadeiro. Isso não passava pela minha cabeça por mais que eu imaginasse, por mais que eu pensasse.
Quanto a uma passagem que também não junta áudio, Doutor ABEL, ele fala que eu desejei ao tal do Jaime que ele tivesse um 2007 melhor do que 2006. E eu não me lembro disso. Não existe nada aqui.  
Para finalizar isso, porque sei que os Advogados querem fazer as suas perguntas e a Procuradora também, a quem terei o maior prazer em responder, com relação aos fundamentos dessa denúncia. Decisões que não prevaleceram -- nenhuma delas. Então, ninguém tinha que pagar nada por alguma coisa que aconteceu. Depois, quando ele fala que aquele espaço de tempo é daquelas decisões do nosso Colega do bingo.  
Houve Colega nosso  (não vou declinar o nome) que, quando saiu a "Operação Furacão", no dia seguinte  -- não foi só aqui, foi também em São Paulo; esses é que são os Juízes corajosos -- com medo do “Furacão”, logo cassou a decisão dele. Pagamentos que não houve. Não tem nada provado sobre esses pagamentos porque, se tivessem encontrado um milhão em minha casa, por tudo que é mais sagrado, eu não estaria aqui depondo. Aliás, acho que nem estaria nesse mundo. Uma desonra dessa não é para manter nenhum cidadão de pé. Eu já tinha apressado a minha partida daqui, entendeu, para evitar que a minha família tivesse a desonra que teria.
Então, pagamentos não houve, não há prova nenhuma e, Doutora,  a senhora que é de uma instituição que me honrou muito pertencer, o Ministério Público, se baseia em palavra de bandido. Não é palavra do Doutor RICARDO REGUEIRA, não palavrado meu genro, não há nenhuma conversa do JÚNIOR, envolvendo pagamento, é conversa de Sérgio Luzio com Ailton e é conversa dessa menina com o namorado dela na reunião, onde eles estavam reunidos -- todos bandidos [segundo o Ministério Público]. Para o Ministério público o cara só é bandido para explorar jogo, porque na hora em que culpa um Desembargador a palavra dele vale? Quer dizer, ele é bandido por lá. Isto aqui é cara-coroa: cara é bandido e coroa é um cara ético, cujo depoimento sem prova nenhuma sirva para incriminar?
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(continua na próxima semana)                                                                   Pág.   92

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