PODER
JUDICIÁRIO
TRIBUNAL
REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO
(Notas
Taquigráficas SAJ/CORTAQ) (Audiência, 16/4/2010)
_________________________________________________________________
(continuação)
(Lê)
"ERNESTO
DÓRIA alardeia possuir estreita ligação com autoridade de todo o País, mas é
certo que, com relação ao denunciado CARREIRA ALVIM, ele fala a verdade."
Como
é que um marginal mente com os outros e comigo fala a verdade? O Ministério
Público chegou à conclusão, de que ele fala a verdade, mas, na realidade, ele diz
é que era amigo do BENEDITO GONÇALVES.
Para
finalizar, Doutor ABEL, há aqui aquela frase emblemática que ele [Antônio
Fernando de Souza] diz que digo: "Me pegar por corrupção, eles não vão pegar
nunca porque eu não sou corrupto". Pela minha felicidade, sempre disse que
não me pegam por corrupção porque não sou corrupto.
Pois
não é que eles acabaram me pegando e me acoimando de corrupção? Não é que eu
não acreditasse que a Polícia Federal não pudesse fazer isso, não. Eu até podia
acreditar, porque polícia é polícia em qualquer lugar do mundo. O que eu não
acreditava é que eles fossem convencer um procurador-geral ou sub-procurador-geral
da República do STF ou do STJ a fazer o que fez e, muito menos, convencer um
Ministro que isso era verdadeiro. Isso não passava pela minha cabeça por mais
que eu imaginasse, por mais que eu pensasse.
Quanto
a uma passagem que também não junta áudio, Doutor ABEL, ele fala que eu desejei
ao tal do Jaime que ele tivesse um 2007 melhor do que 2006. E eu não me lembro
disso. Não existe nada aqui.
Para
finalizar isso, porque sei que os Advogados querem fazer as suas perguntas e a Procuradora
também, a quem terei o maior prazer em responder, com relação aos fundamentos
dessa denúncia. Decisões que não prevaleceram -- nenhuma delas. Então, ninguém tinha
que pagar nada por alguma coisa que aconteceu. Depois, quando ele fala que aquele
espaço de tempo é daquelas decisões do nosso Colega do bingo.
Houve
Colega nosso (não vou declinar o nome) que,
quando saiu a "Operação Furacão", no dia seguinte -- não foi só aqui, foi também em São Paulo; esses
é que são os Juízes corajosos -- com medo do “Furacão”, logo cassou a decisão
dele. Pagamentos que não houve. Não tem nada provado sobre esses pagamentos
porque, se tivessem encontrado um milhão em minha casa, por tudo que é mais sagrado,
eu não estaria aqui depondo. Aliás, acho que nem estaria nesse mundo. Uma
desonra dessa não é para manter nenhum cidadão de pé. Eu já tinha apressado a
minha partida daqui, entendeu, para evitar que a minha família tivesse a
desonra que teria.
Então, pagamentos não houve, não há
prova nenhuma e, Doutora, a senhora que
é de uma instituição que me honrou muito pertencer, o Ministério Público, se
baseia em palavra de bandido. Não é palavra do Doutor RICARDO REGUEIRA, não palavrado
meu genro, não há nenhuma conversa do JÚNIOR, envolvendo pagamento, é conversa
de Sérgio Luzio com Ailton e é conversa dessa menina com o namorado dela na
reunião, onde eles estavam reunidos -- todos bandidos [segundo o Ministério
Público]. Para o Ministério público o cara só é bandido para explorar jogo, porque
na hora em que culpa um Desembargador a palavra dele vale? Quer dizer, ele é
bandido por lá. Isto aqui é cara-coroa: cara é bandido e coroa é um cara ético,
cujo depoimento sem prova nenhuma sirva para incriminar?
________________________________________________________________
(continua
na próxima semana) Pág. 92
Nenhum comentário:
Postar um comentário