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(continuação)
Certa feita, conversando com um dos
ministros do Supremo Tribunal Federal hoje aposentado, ele me disse que
deveríamos afastar esses colegas “para dar uma satisfação à opinião pública”;
mas, nessa ocasião, fiz ver a ele que a nossa função é a de julgar e não de dar
satisfação à opinião pública, o que aliás a imprensa faz bem de sobra. E tanto
eu estava certo na minha observação que o Tribunal que ele próprio integrava
acabou extinguindo prematuramente este processo, mandando os autos para o
arquivo.
Reconheço
que, quando as decisões judiciais encontram eco na opinião pública, o
sentimento de justiça é mais confortável; mas a Justiça não é uma instituição
que deva funcionar embalada pela opinião pública; mesmo porque, como se sabe, o
nazismo, na Alemanha, e o fascismo, na Itália, que marcaram para sempre a
humanidade, não teriam sido possíveis se não contassem com o apoio da chamada
“opinião pública”.
(continua na
próxima semana).
Trecho do livro
OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO OLHO DO furacão (Geração Editorial), encontrável
em www.saraiva.com.br, www.estantevirtual.com.br, www.bondfaro.com.br e nas boas livrarias
do País.
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