sábado, 19 de janeiro de 2013

IMPORTÂNCIA DO FATO E DA VERSÃO DO FATO


(continuação)

Não causa surpresa que o desembargador FREDERICO GUEIROS tenha concedido apenas uma medida liminar na sua passagem pela vice-presidência, porque havia e continua havendo portaria da presidência do Tribunal, baixada pelo ex-presidente desembargador VALMIR PEÇANHA, que praticamente inviabilizava a concessão de decisão liminar, em virtude da burocracia imposta aos procedimentos cautelares.
Para superar este obstáculo, eu determinava a requerimento da parte que se encaminhassem imediatamente os autos do processo, que estavam estacionados num escaninho burocrático do Tribunal, para receber imediata decisão; e isso fosse quem fosse o requerente, independentemente ser o Poder Público ou não.
Um político mineiro chamado José Maria Alckmin dizia que o que importa não é o fato em si, mas sim a versão do fato, parecendo ser este o lema da mídia, em especial da Rede Globo, que não se preocupa em divulgar nada além da versão que dá ao fato divulgado, conforme os vazamentos repassados pela Polícia Federal.
Na sua edição de 6 de julho de 2007, o jornal O Globo veiculou uma notícia sob o título “Liberdade para réus da Furacão gera polêmica”, em que critica o ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, por ter concedido habeas corpus para alguns denunciados em função da operação Hurricane, dizendo ser ele defensor da tese de que “só pode ser preso quem for condenado em última instância”.


(continua na próxima semana)
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Trecho do livro OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO (Geração Editorial), encontrável em www.saraiva.com.br, www.estantevirtual.com.br, www.bondfaro.com.br e nas boas livrarias do País. 

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