Editora: Neiba Ota
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(continuação)
PERGUNTA: Como foi decretada a sua prisão?
RESPOSTA - As prerrogativas
assegurada ao juiz foram desrespeitadas por negligência do vice-presidente do
STF, que hoje é presidente. Perguntei a eles: "cadê o mandado de
prisão?" Responderam que não tinham o documento ali, mas que tinham o
mandado. Quando foram para minha casa, foram para apreender grandes quantias em
dinheiro. Encontraram US$ 2 mil da minha mulher e R$ 5 mil reais meus, para
comprar mais dólares. Iríamos para a França. O policial ligou para o delegado,
que é outro bandido: "aqui está escrito que é para levar grandes
quantidades de dinheiro, mas encontrei só US$ 2 mil e R$ 5 mil; é para levar,
vou levar". Disseram que se não fosse para a carceragem por bem, ia à
força. Aí, chamei meus empregados: "o delegado está me convidando para ir,
eu disse que não vou, chamei vocês para serem testemunhas!. Colocaram algemas
em mim, no Regueira. Nos colocaram numa fila de concentração nazista, nos
despiram em frente de uma mulher. Falaram que era médica, não era nada. Nos
deixaram com fome, não tinha água para beber, acharam que nós não teríamos
coragem para contar. Passaram a mão na minha bunda: "pelas decisões que
o senhor deu lá".
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NOTA: Na época dessa entrevista, o processo penal estava em curso no STF, sob a relatoria do então ministro CEZAR PELUSO, tendo sido, posteriormente, remetido ao STJ, ainda sem relator, apesar de decorridos mais de cinco anos dessa maldita e desastrada operação da Polícia Federal, mancomunada com o Ministério Público Federal e sob a condução do Supremo Tribunal Federal (CEZAR PELUSO).
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