PODER JUDIClÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO
(Notas Taquigráficas SAJ/CORTAQ) Audiência,
16/4/2010
(continuação)
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Vamos adiante.
Ele [o então procurador-geral da República FERNANDO
ANTÔNIO DE SOUZA] disse aqui que:
(Lê)
"Carreira Alvim externa o medo de
estar sendo investigado e diz que não atenderá mais aos pedidos de Regueira
para beneficiar, casas de bingo."
Isso é mentira! Esse procurador-geral é um criminoso,
falando isso, porque não houve essa conversa, nos autos não tem nada, Doutor
ABEL. Não tem nada. Se tivesse, ele teria colocado [a conversa]. No inquérito
não tem nada. REGUEIRA entrou na minha sala para conversar comigo sobre o áudio
e depois voltou para pedir se eu podia dar uma liminar para o Arthur Falk
viajar, porque Vossa Excelência tinha indeferido. Foi para isso que ele entrou.
Esse homem está morto, é preciso que se respeite a alma dele. Para dizer que
ele entrou que ia me fazer pedido. Como ele não ia me fazer pedido se ele nunca
me fez pedido nenhum? O REGUEIRA não tinha esse caráter, que a Polícia Federal
tem. O REGUEIRA era um homem de bem, era um homem que acreditava em Deus. REGUEIRA
morreu, achando que ia encontrar com o Acrísio [filho dele] lá em cima. Ele morreu
assim. Eu, como sei que ninguém vai encontrar com ninguém... Mas ele achava que
ia encontrar, achava que ia encontrar comigo [quando eu fosse]. Mas vai me
esperar muito tempo, porque primeiro tenho de lavar minha alma aqui embaixo.
Mas ele achava isso.
...Mas ele
achava que ia encontra comigo. Vai me
esperar muito tempo, porque eu tenho que, primeiro, lavar a minha alma aqui
embaixo. Ele achava isso: "Eu quero encontrar como você no Paraíso".
Era um homem bom. Nunca fez maldade com ninguém. Não sei por que um ser humano
tem a capacidade de fazer isso com outra pessoa [principalmente com o
REGUEIRA].
Mas quando eu falei Doutor ABEL... Às vezes, eu me
entusiasmo tanto, que eu esqueci as "Informações da Polícia Federal".
Aliás, "encontros", vários encontros aqui de CARREIRA ALVIM."
(Lê)
"Informação policial de 18 de
janeiro de 2007-- encontro com Jaime, Júnior e Carreira e José Renato, no
Fratelli”.
"A
única pessoa que eu sabia que ia estar lá era o JÚNIOR, que me levou. E o
outro, eu pensei que fosse o Castellar Guimarães. Esse resto aqui é
"papagaio de pirata". Ele apareceu lá, achou que eu fosse almoçar com
o Castellar e, por alguma ligação que tinha... E pode ser até que tivesse
segundas, terceiras, quartas, quintas, intenções, mas acontece que não
aconteceu nada. Não surgiu assunto nenhum, ninguém pediu nada, não aconteceu
nada”.
(Lê)
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(continua na
próxima semana) 63
NOTA - Primeiro: eu nunca fui um juiz medroso e nem covarde, porque se fosse, talvez não tivesse passado (e ainda estou passando) pelo que fizeram comigo, e com a cabeça erguida, embora tenha vergonha das instituições que temos. Segundo: muito menos o "medo de estar sendo investigado", porque a minha vida é limpa, e eu não tenho "rabo preso". Tanto que me acusaram de receber "propina", mas nada foi encontrado, até hoje, nem nas minhas contas nem nas contas da minha família. Terceiro: o "externa o medo", dito por ANTÔNIO FERNANDO DE SOUZA, é fruto da sua fértil imaginação (coisa que aliás nunca falta à Polícia Federal e ao Ministério Público, e até a Ministro do STF, especialmente CEZAR PELUSO (hoje aposentado e longe dos holofotes).
Na verdade, eu fui acusado de ter proferido decisões para o "funcionamento de bingos" no Rio de Janeiro, mas os desembargadores federais que, realmente, deram essas decisões estão lá, no exercício da função. EU e o REGUEIRA não demos nenhuma, a não ser nas cabeças de FERNANDO ANTÔNIO DE SOUZA e do ex-ministro CEZAR PELUSO.
Conto essa história no meu OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO (Geração Editorial)
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