NO OLHO DO FURACÃO
Editora: Neiba Ota
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(continuação)
PERGUNTA: O senhor tem inimigos?
RESPOSTA: Eu era o candidato à
presidência do Tribunal. Não me queriam lá porque nunca fiz o jogo do poder.
Tinham interesse em eleger outro membro, mais afeito a este jogo. Se eu fosse
candidato, ele não seria eleito. Então a forma que encontraram foi afastar o
Carreira. Acontece que foi da forma mais perversa. Eles saíram com essa de que
eu estava envolvido com o jogo, que meu genro servia de intermediário. Meu
genro não mexia com jogo de bingo. Dei as decisões porque era minha função. Foi
uma coisa muito perversa. Minha cruzada pelo País é por conta disso. O mesmo
órgão que mandou me grampear fazia o papel de investigador, acusador e, agora,
julgador [o STF].
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(continua na próxima semana)
NOTA: Na época dessa entrevista, o órgão julgador era o Supremo Tribunal Federal; mas, atualmente, o processo está em curso no Superior Tribunal de Justiça, ainda sem relator designado, desde que o ministro Teori Zavascki foi indicado para o STF.
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