Editor: Reinaldo Nóbrega
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PERGUNTA: A sentença dada ao senhor pelo Peluso
foi realmente lida e escrita por ele. Ou só assinada?
RESPOSTA: Não foi sentença não; mas uma
decisão, mandando me prender provisoriamente e proceder a busca e apreensão na
minha residência, na Vice-Presidência do Tribunal, no IPEJ e na casa de
Itaipava, em busca de “grandes quantias” em dinheiro, que a Polícia Federal e o
Ministério Público Federal diziam que eu tinha recebido por minhas decisões;
mas, felizmente, as minhas decisões foram produto da minha consciência de juiz,
e não havia nada que pudesse ser apreendido, porque nada de “grandes quantias”
nem “pequenas quantias” foi encontrado. Eu disse que o ministro invocou nessa
decisão fundamentos que foram exatamente o oposto ao que aconteceu, pois ele
disse que estava decretando a minha prisão, para que eu não interferisse nas
buscas de apreensões, e a principal delas, na minha residência, foi feita com a
minha presença, indicando onde deveriam ser feitas as buscas; e disse o
ministro que estava mandando me prender para que eu não tivesse contato com os
demais membros da quadrilha, mas mandou me colocar na carceragem em companhia
justamente deles, inclusive de empresários do bingo, aos quais vim a conhecer
naquela oportunidade.
Eu vou morrer duvidando que um ministro
do STF possa ter feito o que fez comigo e dois outros desembargadores, com base
nas provas constantes do inquérito, pois, se tivesse realmente lido com atenção o desenrolar
dos fatos e as datas apostas nas interceptações telefônicas e grampos, veria que são
um atentado claro e indiscutível contra a verdade do que realmente aconteceu.
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