domingo, 24 de junho de 2012

FURACÃO NA "JUSTIÇA EM FOCO" NA TV JUSTIÇA


Editor: Reinaldo Nóbrega
(continuação)

PERGUNTA:  Por que o senhor se "arrependeu"  de ter contribuído para abortar operação da Polícia Federal sobre os demais desembargadores? O que o senhor descobriu ou, pior, o que ainda não foi revelado?
 
RESPOSTA: Foi um procurador da República no Rio de Janeiro quem disse isso, numa entrevista a um jornal "online", dizendo que as investigações iriam prosseguir, relativamente a outros desembargadores, também suspeitos, e só não prosseguiu porque haveria eleição para a Presidência do TRF-2, dentro de pouco tempo, e eu seria o candidato natural, e aí foi preciso que a operação fosse abortada (palavras dele) em relação aos demais. Isso deixa claro que o objetivo era impedir que eu chegasse à Presidência do Tribunal. Eu disse que me arrependi de não ter entregado a um jornalista do Estadão as provas que advogados me haviam repassado contra desembargadores federai tido como aéticos, porque não quis delatar membros do meu Tribunal, provas essas que a mídia interpretou como sendo um “dossiê” contra meus colegas, para fazer chantagem (um absurdo). Essas provas são incriminadoras, e devem estar em poder do ministro Cezar Peluso, pois tudo o que foi apreendido lhe foi encaminhado a ele, para integrar o processo penal; mas, apesar disso, nada aconteceu contra esses desembargadores; e nem mesmo o Conselho Nacional de Justiça, que se tornou tutor da justiça brasileira, tomou qualquer atitude para apurar o que realmente aconteceu.
Se eu tivesse podido prever que eu seria o “bode expiatório” dessa armação toda, para que não chegar à Presidência do TRF-2, eu teria entregado esses documentos ao jornalista do Estadão, para que ele fosse em busca da verdade, fazendo com que os ventos do furacão atingissem realmente os verdadeiros culpados, e que continuam lá com a complacência do CNJ, pois, na época, mostrei esses documentos ao então corregedor desse Conselho. 
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(continua na próxima semana)

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