domingo, 25 de março de 2012

DECIFRA-ME OU TE DEVORO (3ª parte)

(continuação)
"Ao término do evento de Buenos Aires, foram convidadas as mais altas autoridades presentes, brasileiras e estrangeiras, para um jantar num restaurante escolhido a dedo para a ocasião – jantar este que foi também patrocinado, desta feita pela agência organizadora do encontro, pelo professor Edmundo Oliveira e por mim Carreira Alvim –, e, mais uma vez, percebi, que apesar de a cadeira reservada ao ministro Cezar Peluso estar localizada ao meu lado, ele arrumou uma desculpa para sentar-se do lado oposto, dizendo que precisava conversar com alguém que estava desse outro lado.
Como não sou nenhum idiota, percebi que a minha presença incomodava o ministro, pois ele me evitava onde eu estivesse, mas eu não me dava conta do motivo de sua atitude, o que só veio a ocorrer no dia 13 de abril de 2007, quando fui atingido pela operação Hurricane. Foi aí que a ficha caiu e pude decifrar o enigma.
A minha incredulidade com o que tinha ouvido desse delegado de Santa Catarina era tanta, que, nada tendo que pesasse na minha consciência, tentei infantilmente uma ligação para falar com o ministro [Cezar Peluso], para saber se era verdade o que estava acontecendo; mas não consegui, porque ele estava viajando; e não conseguiria mesmo que não estivesse, porque ele sabia do que se tratava."
(continua na próxima semana)

Trecho do livro OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO (Geração Editorial), encontrável em www.saraiva.com.br ou em www.bondfaro.com.br.

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