domingo, 20 de novembro de 2011

DEPOIMENTO PRESTADO POR CARREIRA ALVIM NO PROCEDIMENTO NO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, MAS QUE ESTE CONSELHO NÃO LEU.

DESEMBARGADOR FEDRAL JOSÉ EDUARDO CARREIRA ALVIM (REQUERIDO): (...) "Quando eu perguntei para o Delegado: "Mas, quem mandou me prender?" E me chamou e falou comigo assim: "O senhor tem que nos acompanhar até a Polícia Federal", e eu falei: "Para quê?". E ele falou: "Para o senhor depois checar lá as coisas que nós apreendemos aqui". Eu disse: "Não preciso checar, não". "Se vocês estãocom a autorização judicial, vocês estão deixando aqui uma relação dos bens que foram apreendidos". "Não, mas o senhor tem que ir. Eu tenho aqui um mandado contra o senhor". Eu falei assim: "Quem expediu esse mandado?" 'CEZAR PELUSO". Pumba. Aí que a vhica caiu. Aí eu falei assim: "Gente, PELUSO é quem mandou expedir essa ordem de prisão contra mim". Aí passei a mão no telefone e ele disse que eu não podia ligar. Eu falei assim: "Como não? Ei tenho que saber desse ministro." Não consegui falar com ele, porque ele saiu de Brasília. Ninguém o achou. Eu liguei para o ministro PEÇANHA MARTINS. Todos os ministros que eu posso dizer que eram meus amigos tentaram achá-lo e não o acharam. Ele simplesmente sumiu do mapa. Ele mandou fazer isso e desapareceu no mapa.".
         Aí eu virei para o delegado e falei assim: "Escuta aqui, cadê a assinatura?. Não tinha, estava borrado: era uma cópia. "Cadê o mandado de prisão?". Não, nós não temos mandado de prisão". Eu falei assim: "Então, voces querem me levar para prender?" Peguei a minha carteira e motrei para ele: "Olha aqui, minha prisão é para que eu seja encaminhado ao Presidente do Tribunal". O que, aliás, para mim, não seria nada confortável, porque seria na presença de CASTRO AGUIAR, que é uma pessoa que eu não quero ver nem na Eternidade, se me for permitido. Então, o que acontece? Ele se virou para im e falou assim: Desembargador, se o senhor não for por bem, o senhor irá à força." Aí eu chamei a síndica do meu prédio, chameio o senhor Lucas, chamei minha empregada, chamei todos e falei para eles assim: "Olha, o delegado está me convidando para ir para a Polícia Federal, mas acontece que ele disse que, se eu não for, ele me leva a força. Quem é convidado, não aceita e é levado à força, está sendo preso. Então, só quero que voces testemunhem que eu estou sendo presendo SEM MANDADO DE PRISÃO. Veja a garantia deste País democrático de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, em que alguém chega e tira um Desembargador de dentro de casa SEM MANDADO DE PRISÃO! Nem a isso, eu tive direito! E me levaram para a carceragem da Polícia Federal, em Brasília, e me colocaram lá. E a partir daí é assunto que não interessa a este inquérito, mas que a sociedade vai saber no momento muito oportuno, porque eu vou viver para contar essa história. 
       Se fazem isso ou fizeram isso comigo, Excelência, que sou quem sou, com a obra que tenho, com o trabalho que realizei, com os ministros me conhecendo, porque fiz palestras para todos eles, transmitindo conhecimento, eu juro por Deus: eu tenho muito medo pelo João da Silva deste País. Eu tenho muito receio pelas pessoas que realmente são simplesmente cidadãos e trabalhadores deste País."

TRECHO DO DEPOIMENTO. NA PRÓXIMA SEMANA TEM MAIS.

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