domingo, 30 de outubro de 2011

CARREIRA ALVIM CONTA, EM DEPOIMENTO, A IDA DO MINISTRO CEZAR PELUSO A BUENOS AIRES, PARTICIPAR DO CURSO "OS DESAFIOS DA CORRUPÇÃO".

 "O que acontece é o seguinte: o IPEJ havia sido procurado pela ONU e pela Société Interntionale de Criminologie para fazer um encontro em Buenos Aires. A nossa  credibilidade chegou lá fora. Convidaram-nos e eu sí à cata de patrocínio, e consegui que a Universo patrocinasse. Mas acontece que a Universo tinha interesse -- não foi nenhum patrocínio gratuito. Eu falei para ela o seguinte: "Vocês patrocinam a ida dos palestrantes, que eu depois dou o produto. Nós vamos fazer uma homenagem..."Sabe sobre o que foi esse encontro? "Os desafios da corrupção".
E digo na minha defesa que eu seria caso de interdição se fosse um corrupto, fazendo encontro sobre corrupção, chamando as maiores autoridades para falar sobre corrupção. Quer dizer, o Ministério Público teria que ter um pouco de bom senso na cabeça e pensar: "Carreira Alvim fazendo encontro em Buenos Aires, convidando as maiores autoridades para participar, buscando soluções para a corrupção..."
Sabe quem foi representando o Supremo? Cezar Peluso, que esteve lá comigo. E, quando chegou lá, que o chamávamos para tirar foto, o ministro dizia: "Não -- eu tenho foto com ele, porque eu tirei umas duas -- eu não quero, eu não gosto de fotos".
Depois, Almmir me chamou e me falou: Carreira Alvim, divide comigo -- e eu não podia, eu não tinha dinheiro -- um jantar
O Almir gostava muito de... É aquela velha história. Ele queria parecer que estava oferecendo jantares, mas não queria bancar sozinho. "Carreira Alvim, me ajuda". E eu falava: "Você tem aí quanto?" Eu fui para a Argentina e cmprei uns dólares. "Então me dá não sei quantos dólares, e, então nós dois rachamos e fizemos o jantar.
Uma cadeira do meu lado, Exceleência, era para o ministro Cezar Peluso. Quando o Almir o chamou, ele disse: "Não. Eu vou sentar perto do Zaffaroni, porque quero bater um papo com ele", e saiu de perto de mim. Eu percebi que havia alguma coisa no art. Eu não sabia o que era.
Então, eu digo na minha defesa, que ele deve ter se sentido muito desconfortável ao me ver falar contra a corrupção, porque havia mandado me grampear aqui no dia 7 e embarcou conosco, como representante do Supremo, patrocinado pela Revista Consulex, do Zakarewicz. Aliás, conversei com Zakarewicz. Acertei a ida do Peluso lá. Tudo foi feito através de mim."

(Trecho do depoimento prestado por Carreira Alvim ao des. fed. Abel Gomes, no TRF-2, no procedimento administrativo aberto pelo Conselho Nacional de Justiça, e que ninguém lá leu).

Um comentário:

  1. O mais revoltante de tudo isso, é que o tempo passa, o tempo voa, e o ministro continua numa boa!!!

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