terça-feira, 2 de agosto de 2011

EM BUENOS AIRES, PERCEBI QUE "ALGUMA COISA NÃO BATIA".

"Em Buenos Aires, o ministro Cezar Peluso, que então já comandava o inquérito no qual eu era um dos principais indiciados, participou inclusive da abertura do 69º Curso Internacional de Criminologia, compondo muitas das Mesas de Trabalho, fazendo-se também presente em todos os painéis que lá realizamos.
O ministro deve ter-se sentido muito desconfortável me ouvido falar sobre corrupão e os meios de combatê-la, o que eu fazia a cada  intervalo de cada palestra, porque o tema central do evento era justamente 'Os desafios da corrupção'; e ele suponha, induzido pelo então procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, que eu pudesse ser um corrupto.
Como eu já conhecia o ministro Peluso de outro eventos, percebi que alguma coisa 'não batia', pois só tinha conseguido tirar com ele uma única foto, logo na abertura do evento. Nos intervalos dos trabalhos e debates que se seguiram, ele sempre se esquivava quando convocado por algum participante, para ser fotografado ao meu lado, ainda que na foto estivesse também o ministro Raúl Zaffaroni,o grande homenageado do evento, ou mesmo algum outro ministro colega seu."  (Trecho do livro 'OPERAÇÃO HURRICANE: Um juiz no olho do furacão', da Geração Editorial, já na segunda edição, encontrável na Saraiva on line).

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