domingo, 21 de agosto de 2011

CARTEIRA DE JUIZ SÓ SERVE DE PASSAPORTE PARA IR AO BANHEIRO

Neste momento, "zangado", um agente (talvez escrivão!) exigiu que eu me identificasse, mediante a apresentação "do seu RG DE jUIZ", da sua "carteira funcional de Juiz Federal", no que eu não entendi, NEM ATENDI ! Minha filha, prestimosa,  buscou e entregou-lhe a carteira de Juiz, a qual ele leu as prerrogativas, riu, debochou delas (da minha filha e da carteira) e foi "XEROCOPIAR O RG DO JUIZ" (vi que era paulista, pelo sotaque e pela expressão "RG") voltando, logo a seguir, dizendo:"ela lhe servirá qdo ""V.Exa."", for ao sanitário", jogando a cópia sobre mim (depois, aludida cópia fora juntada aos autos).  (Relato feito pelo juiz federal Weliton Militão).


OBS:  É difícil acreditar que isso aconteceu no Brasil,  no Estado de Minas Gerais, mas aconteceu; infelizmente.

10 comentários:

  1. Nos idos de D. Pedro II, um velho advogado, sempre ao sair de casa para o trabalho, via um modesto homem, em pé, ao lado de um candeeiro. Ao voltar, à noitinha, ali estava ele, estático, no mesmo lugar. Um dia, intrigado com aquele fato, perguntou-lhe: - por que o Sr. fica aí parado, por horas a fio, faça chuva ou faça sol? - Porque minha função é acender e apagar esse candeeiro, Sr. Acendo de manhã e apago à noite. É O REGULAMENTO, Sr.! - Mas, tem que ficar ao lado dele o tempo todo? - É O REGULAMENTO, Sr.! - Apiedado, retrucou-lhe o advogado: por que não procura uma forma de amenizar essa situação? - Não posso, É O REGULAMENTO, Sr.! - Mas, mesmo tendo um regulamento, poderia vir de manhã e voltar à noite, o que lhe permitiria, nesse ínterim, cumprir outras tarefas, ou aproveitar o tempo com sua família. Há leis que lhe garantem esse direito. - Já me disseram isso, mas esse É O REGULAMENTO, Sr.! Enfim, todas as perguntas que lhe eram feitas pelo velho advogado, o simples homem respondia sempre, É O REGULAMENTO, Sr.!!! Que lição se pode retirar desse "causo", que nem sei se aconteceu de fato? Minha resposta: - LEIS E DIREITOS existem e existirão sempre, desde as mais priscas eras. Só não os enxergam os BURROS DE VISEIRA, sem eira, nem beira, que só sabem cumprir o regulamento!!!

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  3. A posição do escrivão ou de quem atendeu este desembargador foi humilhante; precisamos entender não é porque temos que atender ou tratar bem apenas porque é um magistrado, mas também todo e qualquer cidadão. Mas infelizmente, alguns "policiais" civis e/ou federais não tiveram berço para saber como devemos tratar o ser humano, independente de sua casta social.
    Sou solidário aos sofrimentos deste magistrado e de sua família, pois também atuo no meio judicial como perito judicial nomeado e tbém já passei por alguns constrangimentos claro que em bem menor proporção!

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  4. Lamentável a atitude do "poliça".Um SERVIDOR público que não serve bem. Também sou servidor público federal, conheço bem os meus DEVERES enquanto servidor público, que estão muito bem claros na lei 8.112. Um deles é: "atender com urbanidade...". Não quero aqui me colocar como modelo, mas posso afirmar, sem medo de incorrer no risco de ser demagogo, que sempre atendo bem a todos que me chegam em busca do serviço público. Atendo bem a todos mesmo: desde um simples lavrador a um magistrado. Mas eu faço isso não pelos deveres explicitados na lei 8.112, mas porque aprendi em casa.

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  5. Sempre fui fã do Dr. Carreira Alvim desde uma palestra proferida em BH. Não posso e não farei juízo de valor de fatos que chegam ao povo via de estardalhaços da imprensa brasileira, muito mais interessada em tiragens e audiências do que na verdade real. Falo somente que "a semeadura é livre e a colheita obrigatória", portanto, tantos quantos fazem o mal do mal padecerão. E afianço ao magistrado em questão que os humilhados serão exaltados e se não nesta vida, n'outra onde poderá entender as razões de tantas mazelas no seio da humanidade. Paz e luz doutor Carreira Alvim e caminhe com sua consciência, ela, somente ela, será o fiel da balança.

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  6. Eu vejo que nosso Direito é lindo no papel mas não funciona na pratica infelizmente fui estudar acreditando que a justiça era majoritária mas não é assim quem tem poder faz a justiça e sempre ou quase sempre é injusta e abominavel. como diz Ferdinand Lassalle a Constituição escrita em mero pedaço de papel.

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  7. Eu teria cuspido na cara dele pois já que estava sendo humilhado compensaria com uma atitude injuriosa histórica. Um processo a mais não manearia mina ira na defesa de minha honra.
    Dr. FRANCISCO MELLO DOS SANTOS. OAB-MT 9550.
    drfranciscomello@terra.com.br (66)-81192825. (66)96892292.

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  8. Triste esta situação. Porém relembro aos senhores magistrados que estas situações de abusos somente se proliferaram porque a esmagadora maioria dos juízes fazem vistas grossas, quando réus ou suspeitos relatam abusos cometidos nas investigações. A polícia e o Ministério Público somente agem assim porque não possuem freios, nem controle da validade dos seus atos pelo poder judiciário. Na grande maioria das vezes o magistrado é um mero carimbador das decisões de delegados e promotores, reproduzindo-as na íntegra.

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  9. Entendam: a ofensa não foi pelo fato de ele ser um magistrado, mas sim por ter sido pego na Operação Pasárgada fazendo acordo com a chamada "máfia do FPM". Tal descoberta se deu por meio de grampos da PF (e o depósito de dinheiro pela compra das sentenças foi ratificado por quebra do sigilo bancário). Ou seja, tal ocorrência foi apenas o ódio externalizado pelo servidor do que ele sente contra todos os magistrados corruptos que vendem suas sentenças e, juntamente com estas, a própria alma do julgador. Procedeu à condenação prévia do ex-magistrado, claro.
    Ah, e esse "dotô" foi punido pelo CNJ com a pena máxima de aposentadoria compulsória. Portanto, não é magistrado, mas sim apenas mais um réu em processos de corrupção.
    E houve confusão por meio do blogueiro, pois este pensou que o servidor se referia à carteira como uma "passaporte para se ir ao banheiro", quando o servidor claramente afirmou que o juiz aposentado compulsoriamente poderá utilizar a sua carteira funcional como - supostamente - fez quando em atividade: utilizando-a para limpar a bunda (vendendo sentenças).

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  10. passei, por uma coisa mais ou menos parecida com essa.fui ex colaborador voluntario da 2 vara da infancia e juventude da capital do rj.fazendo o serviço de comissariado,pois os mesmos não fazem o trabalho.sobe alegação de muitas coisas.certo dia fui pegar uma carona no transporte da vara da infancia,para a central do BRASIL.e cinco, comissarias que estavam dentro da condução dizendo a seguinte manifestação:o que ele esta fazendo aqui! ele não e concursado...ele não tem direito de ir com a gente.fiquei muito triste.mais o JUIZ daquela gestão foi de encontro a meu favor.e disse:ele pertence sim a esta casa.pois, segundo o ESTATUTO DO FÚNCIONARISMO PUBLICO, ele e cargo de confiança,de livre nomeaçáo,e não remunerado;porque ele não pode!as mesmas se recolheram ao silêncio total.adorei o que o meritissimo fez.ele hoje e DESENBARGADOR,em uma camara crimininal.

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