(continuação)
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Eu me dispus a fazer o curso
de Direito por conta das injustiças que sofrera ainda criança, e o meu desejo
era um dia ser um juiz e poder fazer a justiça que, desde então, trazia na
minha alma.
Tive uma grande decepção na
minha vida, que, bem cedo, mostrou-me que viver era bem mais difícil do que me
parecia, e que eu precisava ser cauteloso na minha caminhada, ensinamento que,
se tivesse aprendido, teria talvez me poupado do furacão que se abateu sobre
mim.
Sendo o meu pai um político,
a nossa casa era frequentada por inúmeros deles, o que me passava certa
segurança, porque eu supunha que pudesse contar com a ajuda desses “amigos” em
qualquer eventualidade.
Estava equivocado, pois,
além de todos nos virarem as costas depois da morte do meu pai, que já não lhes
rendia votos, um deles sequer nos recebeu na sua casa, quando eu e minha mãe o
procuramos na esperança de me ajudar a conseguir um emprego.
Essa decepção me mostrou que
a vida era uma batalha, e que eu só teria chance de vencer a custa do meu
próprio esforço, pelo que passei a estudar com afinco, para terminar o meu
curso de Direito e fazer um concurso público; e foi isso que fiz.
(continua na próxima semana)
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Trecho do livro OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO (Geração Editorial), encontrável nas livrarias SARAIVA e TRAVESSA, e também em www.livrariasaraiva.com.br, www.travessa.com.br, www.estantevirtual.com.br, em www.bondfaro.com.br e em outras livrarias do País.
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