sábado, 25 de maio de 2013

ADVOGADOS QUEREM POLÍCIA FEDERAL CONTROLADA


(continuação)
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O advogado Délio Lins e Silva publicou um grito de alerta sob o título “Fora de controle”, dizendo que nem ministro da Justiça era capaz de impor limites à Polícia Federal, chamando a atenção para uma entrevista do advogado Tarso Genro, então ministro da Justiça ao Correio Braziliense, em que o ministro reconhecia não ter o controle da Polícia Federal e não estar disposto a estancar os abusos costumeiramente por ela praticados contra a prerrogativa dos advogados, e que essa entrevista revelava a fraqueza do ministro da Justiça em relação à Política Federal, que deveria lhe ser subordinada também de fato. Diz ainda esse advogado que, na entrevista, o ministro dizia não ter recebido nenhuma denúncia sobre vazamentos das operações da Polícia Federal; dizendo-se o articulista penalizado com um ministro que não via televisão, não lia jornal, e não escutava o noticiário em que a maior atração era justamente o “segredo de justiça”.

 Todas estas considerações mostram a preocupação dos advogados com a atuação espalhafatosa da Polícia Federal, em megaoperações feitas com autorização judicial, nem sempre fundadas em critérios de razoabilidade e bom senso, e prestando-se mais para fazer a festa da mídia e impor ao investigado uma condenação moral, por antecipação, do que qualquer outra coisa.

Penso que em vez de gritos isolados de advogados responsáveis como estes, quem deveria estar gritando juntamente com eles, nessas manifestações de indignação era a Ordem dos Advogados do Brasil, que sempre disse ser defensora da Constituição e das leis.
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Trecho do livro OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO (Geração Editorial), encontrável nas livrarias SARAIVA e em www.saraiva.com.br, www.estantevirtual.com.br, www.bondfaro.com.br e nas livrarias de todo o País.

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