PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA
2ª REGIÃO
(Notas Taquigráficas
SAJ/CORTAQ) (Audiência, 16/4/2010)
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(continuação)
Eu me senti ofendido com isso.
Quer dizer, ele [o ministro Gilmar Mendes] realmente se considera acima de
qualquer Juiz. Também não sei se essa notícia é verdadeira, porque a Folha de São
Paulo está dizendo:
"Para 'MENDES, Chefe do
Supremo Tribunal Federal, não é um Juiz qualquer." Aliás, o Brasil, é um
país que chama Juiz de Tribunal de Ministro, não é? Em Portugal, é Conselheiro;
nos Estados Unidos, é Juiz. Todo mundo é Juiz.
Eu digo sempre que o dia em
que se tira esse vocábulo "ministro" dos Tribunais Superiores, todo mundo
vai aposentar e vai embora para casa ou abrir vaga, porque muita gente está lá
porque é “ministro”. Na hora em que voltar a ser Juiz, vai embora para casa. É o
culto ao poder.
Mas o Molina [perito da
UNICAMP) foi três vezes lá [no INC, em Brasília]. Foi a primeira vez... Porque
nós pedimos à Juíza... -- O JÚNIOR pediu à Juíza... Eu falo, às vezes, “nós”
porque eu me sinto tão envolvido nisso, porque o JÚNIOR é como se fosse meu
filho. Na verdade, é isso. Acho que é mais meu filho e convive tanto comigo como
com o pai dele, que é uma pessoa a quem eu quero muito bem. O neto que ele me, deu, eu digo com a maior pureza da
alma; se fosse para passar por tudo que eu passei para ter o neto que ele me
deu eu passaria. Acredita nisso? É uma pessoa fora de série esse meu neto, que
é o João Silvério. Então, eu digo o seguinte: ele é um Buda reencarnado. Eu gosto
demais dele. Para mim, foi a união da Luciana com o SILVÉRIO JÚNIOR, apesar de todas,
essas aleivosias assacadas contra nós. Se falasse comigo assim; você, para. ter
o João Silvério, você tem que passar por tudo isso. Aliás, eu passaria ainda
mais fortalecido para ter essa criaturinha lá dentro de casa como nós temos.
Na terceira vez que o Molina
foi lá [em Brasília]... Eles [os peritos do INC da Polícia Federal] enrolaram
na primeira vez, porque a ANA PAULA [a juíza] não aceitou nomear um perito fora
da Polícia Federal e “pôs a raposa para tomar conta do galinheiro”.
Doutor ABEL, o Instituto
Nacional de Criminalística da Polícia Federal vai dizer que a Polícia Federal
fez montagem? Quer dizer, um Juiz para pensar isso é um cidadão desprovido de
inteligência, porque uma instituição não vai descredenciar a outra.
Aí ela disse assim:
"Ah. mas se for assim, um Juiz não pode julgar outro Juiz”. Totalmente diferente!
Então, foi feita a perícia
pela perícia da Polícia Federal. Quando
ele [Molina] chegou lá, pela segunda vez, eles [do INC) falaram que não podia fazer
a perícia, porque eles tinham que fazer uma operação. Eu não sei detalhes disso, viu Doutora! Porque isso eu
fiquei sabendo.
E
pediram à ANA PAULA [a juíza] que eles tinham que testar um Nextel, porque,
como as conversas... (ininteligível)... como
é que o Nextel funcionava, para justificar as falhas. Fizeram e dispensaram o
Molina [o perito]. A terceira vez que o Molina chegou lá, eles falaram: “o que
concluímos foi isso aqui.” A metodologia nós não podemos revelar.
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(continua na próxima semana)
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