domingo, 23 de setembro de 2012

DEPOIMENTO PRESTADO POR CARREIRA ALVIM, NO RIO DE JANEIRO, E QUE O CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA NÃO LEU.


PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO
Notas Taquigráficas SAJ/CORTEQ                                                     Audiência 16/4/2010

(continuação) 
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"Setenta e nove:    
CARREIRA ALVIM interpôs seu genro na organização criminosa.”


Quer dizer, nem o Ministério Público soube... Essa é justiça divina, não é? Porque, na hora
talvez,  alguma força espiritual tenha confundido ele. Ora ele fala que foi o SILVÉRIO que 
me pôsora ele fala que foi  REGUEIRA que me pôs e ora fala que fui eu que pus o 
SILVÉRIO para receber dinheiro. Quer dizer, nem ele próprio sabe...


Eu não sei... Ele aposentou? É assim, não é? As pessoas fazem um absurdo desse, 
largam na mão da instituição e vão embora. Deus sabe o que faz.                                                 

(Lê)                     
  
                                      "Inicialmente, teve-se a ideia equivocada de que a aproximaçã
                                     do grupo com CARREIRA ALVIM deveu-se exclusivamente a
                                     fato de seu genro SILVÉRIO CABRAL JÚNIOR integrar a 
                                     organização.”



Quer dizer, ele, por conta dessa amizade... Suponho que não seja amizade profunda com o  
REGUEIRA, porque o SILVÉRIO era muito amigo do REGUEIRA...  O REGUEIRA
eramigo do SILVÉRIO, pai dele,  e ele era. Mas,  em relação a essas outras pessoas desse 
esquema aqui, eu não sei...  Eu sou pai. da Luciana, sou genro dele. Quer dizer, como que alguém
é amigo dos nossos filhos e genros que você não saiba, se você não vê com constância.


 Eu duvidei muito disso, dessas meias verdades, porque.eu pensei: “Não é possível que o 
SILVÉRIO tenha se relacionado com tanta gente assim de um meio tão deplorável qu
eu não  tenha sabido. Mas, na montagem, ele diz que, se relacionou.                                                      

(Lê)


   No entanto, CARREIRA ALVIM foi cooptado por RICARDO   
REGUEIRA. Com o tempo, alçou-se a condição de integrante da
organização criminosa, na medida em que passou a ter contato
frequentes com os agentes diretamente favorecidos com as sua
decisões,  tais como:  Jaime Garcia Dias e José Renato Granado. 
Ver informações de encontros realizados."
      
Veja como é que onde falta a razão, a imaginação preenche. Aliás, ele [o ex-procurador-geral
da República Antônio Fernando de Souza] tem cara realmente de ser muito imaginário.

Vamos aqui para baixo, porque esse item 46 tem a ver com o 47.

(Lê)

(continua na próxima semana)               
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NOTA: Para que se tenha uma noção de como a imaginação do ex-procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, voou alto e fora da realidade, esses  "contatos frequentes" a que ele ser refere foi o almoço  no Fratelli, para o qual fui convidado, SETE MESES DEPOIS QUE  AS   MINHAS DECISÕES TINHAM SIDO CASSADAS E JÁ NÃO VALIAM MAIS  NADA, e ocorreu UMA ÚNICA VEZ, sem que eu soubesse que essas pessoas que lá estiveram eram as que o denunciante afirma que eram. 

Com essa "invenção", que ANTÔNIO FERNANDO DE SOUZA sabia não ser verdadeira, porque está nos autos do Inquérito, ele convenceu o ex-ministro CEZAR PELUSO, que eu estava tendo encontros com pessoas ligadas a bingos; o que é uma das mais deslavadas mentiras que ele poderia ter assacado contra mim. E estava tão seguro de que o ex-ministro CEZAR PELUSO não iria ler o que constava, realmente, no Inquérito, que não teve o menor escrúpulo em "inventar" uma ligação que NUNCA EXISTIU. Conto essa história no meu livro OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO, no Capítulo 8 "Almoço que acabou indigesto".

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