(continuação)
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"Nas relações de
amizade, um furacão como estes constitui um divisor
de águas, permitindo separar o joio do trigo, na medida em que afasta os
falsos e mantém apenas os verdadeiros amigos.
Quem exerce
alguma autoridade neste país fica permanentemente sujeito à aproximação de puxa-saquistas que, se fingindo de
amigos, não têm outro propósito senão o de tirar algum proveito da situação.
Quem sofreu,
tanto quanto eu, a fúria do furacão foram os servidores do Tribunal que
trabalhavam comigo no gabinete, pessoas de bem, competentes e honestas, que
produziam independentemente de estar eu ou não presente, com o único propósito
de me ajudar a fazer justiça.
Na verdade, eu
não tinha servidores no gabinete, mas amigos de verdade, que devem ter sofrido
tanto quanto eu, os constrangimentos que vieram do maldito furacão, por saberem
que tudo aquilo que a mídia noticiava contra mim não passava de uma torpe
“armação” policial para me afastar do Tribunal.
Outros
que sofreram por tabela foram Raimunda de Cassia e sua família, pois ela
trabalha comigo há mais de três décadas, os seus vizinhos me conheciam,
passando a supor pelas notícias divulgadas pela mídia que eu estava realmente
metido com o crime organizado, tendo sido preso por esse motivo."
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Trecho do livro OPERAÇÃO HURICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO, encontrável em www.saraiva.com.br e em www.bondfaro.com.br
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