(continuação)
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"Reconheço que,
mesmo os verdadeiros amigos, em determinadas circunstâncias, ficam numa
encruzilhada, entre se exporem a eventual investigação pelo fato de ser meu
amigo ou guardar distância esperando que a poeira baixe.
Nas relações de
amizade, um furacão como estes constitui um divisor
de águas, permitindo separar o joio do trigo, na medida em que afasta os
falsos e mantém apenas os verdadeiros amigos.
Quem exerce
alguma autoridade neste país fica permanentemente sujeito à aproximação de puxa-saquistas que, se fingindo de
amigos, não têm outro propósito senão o de tirar algum proveito da situação.
Quem sofreu,
tanto quanto eu, a fúria do furacão foram os servidores do Tribunal que
trabalhavam comigo no gabinete, pessoas de bem, competentes e honestas, que
produziam independentemente de estar eu ou não presente, com o único propósito
de me ajudar a fazer justiça.
Na verdade, eu
não tinha servidores no gabinete, mas amigos de verdade, que devem ter sofrido
tanto quanto eu, os constrangimentos que vieram do maldito furacão, por saberem
que tudo aquilo que a mídia noticiava contra mim não passava de uma torpe
“armação” policial para me afastar do Tribunal.
Outros que
sofreram por tabela foram Raimunda de Cassia e sua família, pois ela trabalha
comigo há mais de três décadas, os seus vizinhos me conheciam, passando a supor
pelas notícias divulgadas pela mídia que eu estava realmente metido com o crime
organizado, tendo sido preso por esse motivo."
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Trecho do livro OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO ) (Geração Editorial), encontrável nas livrarias SARAIVA e em www.saraiva.com.br, www.estantevirtual.com.br, www.bondfaro.com.br e nas livrarias de todo o País.
Professor Carreira Alvim, como advogado militante em Fortaleza (33 anos), presto-lhe minha modesta, mas sincera, solidariedade. Tenho seus livros e leio sempre seus artigos sobre processo civil.
ResponderExcluirProfessor, esse mundo está cheio de hipócritas, tipo de gente que ignora que a verdade é a condição fundamental da virtude. Eles (os hipócritas) olvidam a sentença multi-secular de Apolonio: "De servos é mentir; de livres dizer a verdade".
Um abraço