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“Távora participou de operações em
Brasília, recebendo diárias, tendo passado vários meses naquela cidade,
convocado para participar da equipe do delegado Protógenes [Queiroz, hoje
deputado federal pelo PC do B]”, diz a carta. “Durante o levantamento feito,
ficou evidente que a escuta realizada no STF foi feita com a utilização de
equipamentos de gravação digital sem fio, de origem francesa, produto de um
acordo feito entre o governo da França e o do Brasil.”
Aqui cabe uma explicação, contida no
livro. Esse equipamento de grampo funciona dentro de uma maleta com se fosse
uma estação de recepção e emissão de sinal de telefonia. Ela fica apontada à
direção de onde está o telefone que será grampeado e a tela do equipamento
mostra todos os números naquele raio de distância.
De acordo com Tognolli e Tuma Jr. no
livro, essa “mala francesa”, como é chamada, entra no lugar da operadora de
telefonia, funcionando como uma substituta. Dessa forma, o operador do grampo
tem acesso a todas as operações feitas com o telefone e pode controlá-las. Ele
pode, por exemplo, apagar o registro de uma ligação, ou fazer uma ligação a
partir da máquina.
Segundo o depoimento de Tuma Jr.,
esse equipamento foi usado pelos arapongas da Polícia Federal no caso das
escutas no Supremo. “Não só Gilmar Mendes foi grampeado como também todos os
outros ministros do STF”, diz o livro. O ex-delegado relata ainda que, após
fazer essa denúncia, Edson Oliveira foi alvo de perseguições na Polícia
Federal
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(CONTINUA NA PRÓXIMA SEMANA).
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(CONTINUA NA PRÓXIMA SEMANA).
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(continua na próxima semana)
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