"Professor José Eduardo Carreira Alvim, sou um velho rábula sergipano, e a obra do senhor sempre fora referencial dogmático, doutrinário e intelectual para minha geração. Um dia, a imprensa publica a sua prisão, e comigo nasce a indagação: "O que vale uma história de vida de um homem?" De uma hora para outra a mídia, alimentada por fontes da Polícia Federal, coloca por terra e pisa a história de vida de um homem dedicado ao Direito, formador da gala jurídica brasileira e um dos nossos mais lúcidos intelectuais. Não o sei inocente ou culpado. Essa fala é reservada ao Judiciário ao qual o senhor servira com visível zelo. Apenas sei que neste momento, alguns amigos - os falsos, desaparecem, os olhares se voltam para alguém estigmatizado, toda a sua produção intelectual é posta em xeque, e o vejo resistir a tudo isso como um forte. Não somos amigos, nem sei se um dia seremos, mas como pai, esposo, filho e amigo, sei que certamente lágrimas nasceram nos cantos dos seus olhos, o coração apertou, o sorriso sumiu no canto da boca, e a garganta - essa filha de uma puta, se travou, custodiando a fala. E surge em mim outra indagação: "Estamos realmente num país onde os Direitos Humanos são respeitados?" Confesso. Temo esta última resposta. Fica sob as bênçãos de Deus." (Paulo César dos Santos)
NOTA - Mensagem recebida pelo Facebook.
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